Brasil

Intervenção no RJ tem aval do Congresso até fim de 2018

O decreto do presidente Michel Temer, que fora aprovado pela Câmara na madrugada da própria terça, recebeu o aval dos senadores por 55 votos a 13

Exército: com a aprovação do decreto, nenhuma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) tramitará no Congresso (Tânia Rêgo/Reuters)

Exército: com a aprovação do decreto, nenhuma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) tramitará no Congresso (Tânia Rêgo/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 08h39.

O Senado aprovou na noite de terça-feira o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, concluindo a tramitação na matéria no Congresso e autorizando a aplicação da medida até o último dia de 2018.

O decreto do presidente Michel Temer, que fora aprovado pela Câmara na madrugada da própria terça, recebeu o aval dos senadores por 55 votos a 13, com uma abstenção, em votação realizada perto da meia-noite, informou a Agência Senado. A matéria agora será promulgada.

Com a aprovação do decreto, nenhuma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) tramitará no Congresso, uma vez que a Carta Magna determina que seu texto não poderá ser alterado na vigência de uma intervenção federal.

Isso impacta diretamente na votação da reforma da Previdência, que tinha o início de sua discussão previsto para esta semana. Com a intervenção, o tema foi enterrado.

O relator da intervenção no Senado, Eduardo Lopes (PRB-RJ), afirmou que o Estado do Rio de Janeiro enfrenta onda grave de violência e a população vive "assustada e com medo", e que o decreto de intervenção na segurança pública, que coloca um general do Exército como interventor para coordenar o combate à violência, tem por objetivo extinguir o "grave comprometimento da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro", de acordo com a agência.

Assim como ocorrera na Câmara, parlamentares da oposição tentaram impedir a aprovação da medida, a qual classificaram de desnecessária, mal justificada e dispendiosa, mas a maioria governista conseguiu aprovar a intervenção com folga de votos.

A relatora da proposta na Câmara, deputada Laura Carneiro (MDB-RJ), incluiu duas sugestões ao Poder Executivo em seu parecer.

Ela pediu que o governo federal apresente recursos em caráter continuado para segurança pública e áreas de assistência social, e também sugeriu que o Poder Executivo regulamente o poder de polícia das Forças Armadas e estabeleça diálogos com o Ministério Público e o Judiciário para o controle externo da operação.

Acompanhe tudo sobre:CongressoExércitoGoverno TemerRio de JaneiroSegurança públicaSenado

Mais de Brasil

Empresários industriais estão otimistas para 2025, apesar de recuo do setor em dezembro, diz CNI

Chuvas fortes em SP causam alagamentos, interrompem metrô e 121 mil ficam sem luz

MP investiga déficit de servidores no Cemaden, órgão que monitora as enchentes do Brasil

Segundo governo Trump e as oportunidades para o Brasil