Instituto defende aluna de acusações de acidente em laboratório da UFRJ
Acidente ocorreu por volta das 10h30 da última quarta-feira (15) na sala de polimento de amostras do laboratório
Agência Brasil
Publicado em 21 de agosto de 2018 às 09h22.
O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ ), lamentou, em nota, que sua aluna de doutorado Isabela da Rocha Silva, ferida em acidente ocorrido na última quarta-feira, (15) no Laboratório Multiusuário de Metalografia, esteja sendo alvo de declarações precipitadas e infundadas veiculadas na mídia.
O acidente ocorreu por volta das 10h30 na sala de polimento de amostras do laboratório. Os feridos foram atendidos pela Brigada de Incêndio da universidade e, posteriormente, levados para o hospital. O diretor da Coppe, Edson Watanabe, explicou que o laboratório servia como área de preparação de amostras, que depois seriam processadas em outro laboratório. Ele disse que os técnicos são experientes e bem treinados.
No documento, a Coppe esclarece "que os técnicos Oswaldo Pires e Nelson Aguiar, que atuavam no laboratório na hora do acidente, trabalham há mais de 30 anos no local e são profissionais muito experientes, sem qualquer ocorrência similar anterior. A odontóloga Isabela Silva, 28 anos, jamais manipulou a substância, apenas a transportaria. Ela executara o mesmo tipo de operação muitas vezes, pois fazia parte dos trabalhos experimentais de sua tese de doutorado. Para tal, contou com o apoio do técnico Oswaldo Pires".
A nota da Coppe afirma ainda que estão sendo averiguadas as causas do acidente, para esclarecer o ocorrido e evitar que ele se repita. "Mas faz-se necessário lembrar que ambientes de experiências práticas estão sujeitos a situações de imprevisto. Por isso, tomamos todas as medidas de precaução necessárias para reduzir esses imprevistos, equipando os laboratórios com instrumentos de segurança e treinando técnicos para a realização de testes e pesquisas".
Laboratório
O Laboratório Multiusuário de Metalografia é área de baixo risco, bem instalada, espaçosa e iluminada., acrescenta o comunicado. O procedimento químico foi realizado em uma capela para exaustão de gases, com instalação de segurança adequada para tal. A Coppe lembra ainda "que especulações precipitadas podem levar a prejulgamentos, às vezes equivocados, que podem resultar em danos à imagem e à reputação de uma pessoa, muitas vezes irreversíveis".
O caso vem sendo investigado pela Polícia Civil.