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Indonésia pede respeito a suas leis após executar brasileiro

Condenados por tráfico de drogas, entre eles o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foram mortos pouco depois da meia-noite na ilha de Java

Marco Archer Cardoso Moreira foi executado em um complexo de prisões localizado a cerca de 400 km de Jacarta, capital da Indonésia (Reprodução/Facebook)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2015 às 15h17.

Bangcoc - O procurador-geral da Indonésia , Muhammad Prasetyo, pediu neste domingo (18) respeito às leis do país em resposta às críticas pela execução de seis réus, entre eles cinco estrangeiros, informou a imprensa local.

Os condenados - um brasileiro, um holandês, dois nigerianos, um vietnamita e uma indonésia, todos eles por tráfico de drogas , foram fuzilados pouco depois da meia-noite em duas penitenciárias no centro da ilha de Java. "Podemos entender a reação do mundo e dos países que têm cidadãos que foram executados. No entanto, cada país deve respeitar as leis aplicadas em nosso país", disse Praseyto, segundo o jornal Jakarta Globe.

O procurador-geral reiterou a defesa da pena capital como medida dissuasória na luta contra o tráfico de drogas e crimes relacionados ao narcotráfico, e insistiu que continuará a haver punição na Indonésia. "Acho que se compreenderá que a pena de morte está vigente na Indonésia", disse Praseyto em entrevista coletiva.

Brasil e Holanda reagiram às execuções com o chamado para consultas de seus respectivos embaixadores em Jacarta.

A presidente, Dilma Rousseff, manifestou sua "consternação e indignação" após a confirmação da execução de Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, e após ter ligado na sexta-feira para o presidente, Joko Widodo, pedindo clemência.

Widodo, considerado por muitos ativistas como uma esperança de mudança no país, optou pela linha dura na luta contra o narcotráfico, e no final de ano anunciou que não haveria clemência para os condenados por estes crimes.

A Anistia Internacional (AI) qualificou hoje como uma regressão para os direitos humanos as execuções, as primeiras das 20 que o governo indonésio planeja realizar este ano, depois de ano passado não ter havido nenhuma. "Este é um sério passo atrás em um dia muito triste. A nova administração assumiu o cargo com a promessa de fazer dos direitos humanos uma prioridade, mas a execução de seis pessoas deixa esse compromisso pra trás", disse o diretor de investigação da AI no Sudeste Asiático, Rupert Abbott.

O procurador-geral indonésio respondeu anunciando a aceleração da segunda fase de execuções. "Não deveria haver nenhum processo legal por terminar. Assim que os tenhamos completado prepararemos as execuções tão breve quanto possível", disse Praseyto ao site Jpnn.com.

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Bangcoc - O procurador-geral da Indonésia , Muhammad Prasetyo, pediu neste domingo (18) respeito às leis do país em resposta às críticas pela execução de seis réus, entre eles cinco estrangeiros, informou a imprensa local.

Os condenados - um brasileiro, um holandês, dois nigerianos, um vietnamita e uma indonésia, todos eles por tráfico de drogas , foram fuzilados pouco depois da meia-noite em duas penitenciárias no centro da ilha de Java. "Podemos entender a reação do mundo e dos países que têm cidadãos que foram executados. No entanto, cada país deve respeitar as leis aplicadas em nosso país", disse Praseyto, segundo o jornal Jakarta Globe.

O procurador-geral reiterou a defesa da pena capital como medida dissuasória na luta contra o tráfico de drogas e crimes relacionados ao narcotráfico, e insistiu que continuará a haver punição na Indonésia. "Acho que se compreenderá que a pena de morte está vigente na Indonésia", disse Praseyto em entrevista coletiva.

Brasil e Holanda reagiram às execuções com o chamado para consultas de seus respectivos embaixadores em Jacarta.

A presidente, Dilma Rousseff, manifestou sua "consternação e indignação" após a confirmação da execução de Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, e após ter ligado na sexta-feira para o presidente, Joko Widodo, pedindo clemência.

Widodo, considerado por muitos ativistas como uma esperança de mudança no país, optou pela linha dura na luta contra o narcotráfico, e no final de ano anunciou que não haveria clemência para os condenados por estes crimes.

A Anistia Internacional (AI) qualificou hoje como uma regressão para os direitos humanos as execuções, as primeiras das 20 que o governo indonésio planeja realizar este ano, depois de ano passado não ter havido nenhuma. "Este é um sério passo atrás em um dia muito triste. A nova administração assumiu o cargo com a promessa de fazer dos direitos humanos uma prioridade, mas a execução de seis pessoas deixa esse compromisso pra trás", disse o diretor de investigação da AI no Sudeste Asiático, Rupert Abbott.

O procurador-geral indonésio respondeu anunciando a aceleração da segunda fase de execuções. "Não deveria haver nenhum processo legal por terminar. Assim que os tenhamos completado prepararemos as execuções tão breve quanto possível", disse Praseyto ao site Jpnn.com.

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