O jornal francês Le Monde repercutiu negativamente a cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro (Ian Walton/Getty Images)
Marcelo Ribeiro
Publicado em 6 de agosto de 2016 às 07h11.
Brasília - A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro rendeu bons elogios da imprensa internacional ao comitê organizador. O desfile da modelo Gisele Bündchen pelo Maracanã, os ritmos musicais escolhidos para o megaevento e a alegria das apresentações repercutiram positivamente nos veículos do exterior.
O New York Times destacou que a cerimônia “inspiradora” conseguiu afastar por algumas horas os problemas que afetam o Brasil e permitiu que o país celebrasse a sua história.
“Se há uma nação que precisa de um espetáculo inspirador neste momento, mesmo em forma de um exercício de relações públicas, é o Brasil”, explicou a publicação norte-americana.
Já o Wall Street Journal ressaltou a variedade de ritmos da festa. Para o jornal, a cerimônia representou um suspiro de alívio em um momento que o país passa por dificuldades.
No mesmo sentido, o Washington Post exaltou a capacidade do país de se esquivar das dificuldades e mostrar o que faz de melhor: uma festa.
A CNN afirmou que o Rio de Janeiro está pronto para fazer história e que a Olimpíada da capital fluminense começou com uma cerimônia espetacular.
O jornal britânico The Guardian fez uma comparação entre a cerimônia de abertura da Rio-2016 e das duas edições anteriores. "O tema de Pequim 2008 foi a China é grande, o de Londres 2012 foi a Grã-Bretanha foigrande. O tema de hoje? É melhor nós começarmos a fazer algo sobre o mei-ambiente ou nós talvez não tenhamos muitas Olimpíadas para celebrar no futuro".
O Financial Times destacou que a festa conseguiu apresentar as riquezas do país. A publicação ressaltou ainda que cerimônia de abertura foi um espetáculo de cultura e que custou duas vezes menos do que a festa que abriu os Jogos de Londres, em 2012.
Já a BBC se referiu à cerimônia como uma festa vibrante e um “show espetacular”. O site da emissora britânica destacou a história, a cultura e a beleza natural do Brasil representadas no evento.
O espanhol El País pontuou que a organização soube colocar de lado as diversas crises enfrentadas pelo país para realizar uma cerimônia digna de orgulho. “Durante mais de três horas, o Brasil se deu um respiro".
O jornal, porém, falou sobre a baixa presença de chefes de Estado no Maracanã. Em Pequim 2008, foram 80 presenças, dez a mais que em Londres 2012. No Rio de Janeiro, menos de 20 mandatários marcaram presença.
Do mesmo país, o Marca destacou a presença da “impressionante” Gisele, que desfilou pelo Maracanã ao som de Garota de Ipanema", arrancando aplausos de todo o público.
O Corriere Della Sera, da Itália, não economizou nos elogios para a abertura da Olimpíada de 2016 e disse que o Brasil provou que sabe organizar uma boa festa.
Já na Argentina, o Clarín, elogiou a escolha de músicas e cores para celebrar o esporte. “A cerimônia de abertura foi uma exibição à altura da Cidade Maravilhosa. Havia ritmo e beleza em cada passo no estádio do lendário Maracanã”.
Por outro lado, o Le Monde, da França, fez críticas. O jornal francês afirmou que começava uma Olimpíada em um país deprimido e que o ideal olímpico estava “manchado por doping e corrupção.” Além disso, a publicação destacou as vaias ao presidente interino Michel Temer (PMDB).