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Impeachment não é problema, mas solução, diz Alexandre Schwartsman

Para ex-presidente do BC, fim da atual dinâmica de crises em Brasília seria melhor para o mercado e para as perspectivas da economia

Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Banco Santander (foto/Divulgação)

Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Banco Santander (foto/Divulgação)

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Clara Cerioni

Publicado em 25 de abril de 2020 às 09h56.

Se avançar, a discussão do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, atualmente, seria melhor para o mercado e para as perspectivas da economia do que a manutenção da atual dinâmica de Brasília, com o presidente criando uma nova crise por semana em meio ao avanço da pandemia do coronavírus.

Essa é a opinião do economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central (BC). "O impedimento de Bolsonaro não seria um problema, mas uma solução", afirma.

Para o economista, a saída do ex-juiz da Lava Jato pode enfraquecer o apoio político ao governo, já que boa parte dos simpatizantes de Bolsonaro tinha referência na figura de Moro.

"A gente já viu esse filme no passado. O presidente perde governabilidade e vira um zumbi. Mas quando o impeachment avança, o mercado já coloca isso no preço dos ativos e tudo melhora, melhoram a perspectiva da economia, as pessoas ficam mais calmas".

Para Schwartsman, Bolsonaro está criando todas as condições para o fim do governo antes de 2022.

"No meio de uma pandemia que está causando essa crise toda que estamos vendo, o presidente vai lá e arruma uma confusão monumental com o ministro mais popular que ele tem. Eu não consigo enxergar racionalidade nisso", destaca.

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