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Impeachment faz parte da regra do jogo, diz Serra a jornal

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o senador tucano afirmou que caso venha a assumir a presidência, o vice, Michel Temer (PMDB) daria tudo de si.

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra (Valter Campanato/ABr) (Valter Campanato/ABr)

Valéria Bretas

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 10h26.

São Paulo – Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o senador José Serra (PSDB-SP) afirmou que caso venha a assumir a presidência do Brasil, o vice, Michel Temer (PMDB) estaria à altura do cargo e daria tudo de si.

Caso essa situação de fato se concretize, o tucano diz que apoiará a gestão do peemedebista. “Vou fazer o possível para ajudar”, disse ao jornal.

Questionado sobre um possível trauma que um impeachment possa trazer ao país, o senador relembra que não houve nenhum problema quando o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi impedido, em 1992.

“O impeachment de Collor foi saudável para o país. É possível que o de Dilma, se ocorrer, também seja”, diz. "O impedimento está previsto na Constituição, faz parte da regra do jogo democrático”.

O jornal ainda coloca em pauta se o tucano vê motivos para alegar que a presidente Dilma Rousseff (PT) tenha cometido crimes de responsabilidade.

“Crime de responsabilidade não significa que o chefe do governo seja necessariamente corrupto, que tenha tirado proveito financeiro. Basta não ter tomado as providências para evitar que outros o fizessem”, descreve. “O país está parado, não tem governo. O juízo político não está descolado disso. O pano de fundo do impeachment é a crise econômica, política e moral. É inegável”.

São Paulo – Desde às 14h desta quinta-feira, segue no plenário da Câmara dos Deputados a leitura do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O documento, protocolado no dia 21 de outubro pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, foi aceito na tarde de ontem pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Após a leitura, o peemedebista criará uma comissão especial que terá dez dias para analisar a denúncia e receber a defesa da presidente. Ainda assim, para dar início ao processo de impedimento, dois terços dos deputados da Casa devem ser favoráveis ao processo. Caso seja aprovado, Dilma ficaria automaticamente afastada por seis meses esperando o resultado do julgamento comandado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sequência, o Senado deve decidir se o mandato deve ser interrompido ou não. Como o processo de impeachment aceito por Cunha não inclui o vice-presidente, em caso de cassação do mandato de Dilma, quem assume é Michel Temer (PMDB). Nas imagens, você vê algumas frases que integram o pedido de impedimentocontra a presidente.
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    12 /12(Ueslei Marcelino/Reuters)

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