Benefícios não fazem pobre deixar de trabalhar, diz IBGE
Salário proveniente do trabalho perdeu peso no rendimento dos brasileiros mais pobres, graças aos programas de transferência de renda
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2013 às 19h50.
Rio - Na última década, o salário proveniente do trabalho perdeu peso no rendimento dos brasileiros mais pobres , graças aos programas de transferência de renda. No entanto, o benefício não serviu como estímulo para que se deixasse de trabalhar. Pelo contrário, a taxa de ocupação dessa população até aumentou.
Para medir o impacto da transferência de renda sobre o mercado de trabalho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) separou os dados das famílias com renda per capita de até um quarto de salário mínimo e renda de um quarto a meio salário mínimo. "Como são famílias de rendimento muito baixo, a gente acha que são beneficiárias de programas de transferência de renda e complementação de renda", afirmou Bárbara Cobo, pesquisadora do IBGE.
Nas famílias com renda per capita de até um quarto de salário mínimo, a renda proveniente do trabalho representava 78,5% do que essas famílias ganhavam em 2002 e passou a representar 58,5% em 2012. Ao mesmo tempo, a participação de outras fontes de renda aumentou, de 14,3% em 2002 para 36,3% em 2012. Em paralelo, a taxa de ocupação dessa fatia da população cresceu de 76,9% para 78,2%. "As políticas de transferência de renda não levam a esse 'desincentivo' ao trabalho. As pessoas continuam trabalhando", observa Bárbara.
Na faixa de renda per capita que vai de um quarto de salário mínimo a meio salário mínimo, o movimento se repetiu: a participação do trabalho na renda das famílias saiu de 78,3% para 72,3% em 2012, enquanto a fatia da renda obtida por outras fontes subiu de 6,5% para 12,9%. O rendimento médio teve aumento em todas as camadas da população no País entre 2004 e 2012, mas foi maior justamente na base da pirâmide, nas faixas com rendimento mais baixo.
Rio - Na última década, o salário proveniente do trabalho perdeu peso no rendimento dos brasileiros mais pobres , graças aos programas de transferência de renda. No entanto, o benefício não serviu como estímulo para que se deixasse de trabalhar. Pelo contrário, a taxa de ocupação dessa população até aumentou.
Para medir o impacto da transferência de renda sobre o mercado de trabalho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) separou os dados das famílias com renda per capita de até um quarto de salário mínimo e renda de um quarto a meio salário mínimo. "Como são famílias de rendimento muito baixo, a gente acha que são beneficiárias de programas de transferência de renda e complementação de renda", afirmou Bárbara Cobo, pesquisadora do IBGE.
Nas famílias com renda per capita de até um quarto de salário mínimo, a renda proveniente do trabalho representava 78,5% do que essas famílias ganhavam em 2002 e passou a representar 58,5% em 2012. Ao mesmo tempo, a participação de outras fontes de renda aumentou, de 14,3% em 2002 para 36,3% em 2012. Em paralelo, a taxa de ocupação dessa fatia da população cresceu de 76,9% para 78,2%. "As políticas de transferência de renda não levam a esse 'desincentivo' ao trabalho. As pessoas continuam trabalhando", observa Bárbara.
Na faixa de renda per capita que vai de um quarto de salário mínimo a meio salário mínimo, o movimento se repetiu: a participação do trabalho na renda das famílias saiu de 78,3% para 72,3% em 2012, enquanto a fatia da renda obtida por outras fontes subiu de 6,5% para 12,9%. O rendimento médio teve aumento em todas as camadas da população no País entre 2004 e 2012, mas foi maior justamente na base da pirâmide, nas faixas com rendimento mais baixo.