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Ibama multa empresas de turismo que tinham animais em cativeiro

A ação teve o objetivo de identificar e punir a utilização ilegal de animais silvestres em publicações nas redes sociais e anúncios publicitários

Arara em cativeiro: O instituto informou que já havia recebido denúncias de crime contra a fauna em atividades realizadas no Lago Janauari (©AFP / Christophe Simon)

Arara em cativeiro: O instituto informou que já havia recebido denúncias de crime contra a fauna em atividades realizadas no Lago Janauari (©AFP / Christophe Simon)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 20h56.

Seis empresas de turismo e a organizadora do concurso Miss Brasil Be Emotion foram autuadas pela Operação Teia, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por crimes contra a fauna no Amazonas.

A ação teve o objetivo de identificar e punir a utilização ilegal de animais silvestres em publicações nas redes sociais e em anúncios publicitários para vendas de pacotes turísticos ligadas ao evento.

Uma equipe do Ibama, em conjunto com o Batalhão de Policiamento Ambiental do estado, infiltrou-se em uma excursão turística ao Lago Janauari, no município de Iranduba, e conseguiu flagrar um cativeiro com seis animais silvestres.

O instituto informou que já havia recebido denúncias de crime contra a fauna em atividades realizadas no local.

Duas sucuris, uma jiboia e dois jacarés foram resgatados e devolvidos à natureza. Um filhote de bicho-preguiça passará por reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama.

A fiscalização aplicou, no total, 22 autos de infração e duas multas, que ultrapassam R$ 1,3 milhão.

"Essas atividades desrespeitam a legislação ambiental. Os animais são capturados na natureza e mantidos em cativeiro ilegalmente, onde sofrem maus tratos para serem expostos aos turistas", disse o coordenador da operação, Geandro Pantoja.

De acordo com Ibama, a pena para esses crimes varia de seis meses a um ano de detenção, além de multa por animal mantido ilegalmente, no valor de R$ 500 até R$ 5 mil, caso a espécie esteja ameaçada de extinção.

A reportagem não conseguiu contato com os alvos da operação do Ibama.

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