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Hospital contaminado por bactéria em Guarulhos segue fechado

Segundo o diretor da UTI do hospital, a bactéria, geralmente, é inofensiva em pessoas saudáveis, mas pode trazer complicações para pacientes mais graves

Desde ontem, 30 pacientes que estavam internados no pronto-socorro foram transferidos para outros hospitais da região (Philippe Huguen/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2015 às 14h27.

O Hospital Municipal de Guarulhos, na grande São Paulo, segue fechado desde ontem (22) por causa da contaminação pela bactéria multirresistente acinetobacter baumannii.

Segundo Denilson Calore, diretor da UTI do hospital, essa bactéria, geralmente, é inofensiva em pessoas saudáveis, mas pode trazer complicações para pacientes com quadros mais graves.

Nos últimos dois meses, quatro pacientes do hospital, que estavam com a saúde muito comprometida, morreram por complicações em razão dessa bactéria.

“As infecções hospitalares são comuns em qualquer hospital. Essa bactéria existe nas torneiras dos hospitais, nas mãos das pessoas e não causa infecção, na verdade elas só colonizam.

Acontece que alguns [pacientes] que são já muito deficientes, com AVC [Acidente Vascular Cerebral], múltiplos derrames ou doença pulmonar crônica, como enfisema pulmonar, podem adquirir a infecção sim”, explicou o médico.

Desde ontem, 30 pacientes que estavam internados no pronto-socorro foram transferidos para outros hospitais da região. Os 70 pacientes internados na enfermaria, ala que não foi afetada pela bactéria, permanecem no hospital.

Por prevenção, porém, todo o hospital foi fechado para realização da chamada limpeza terminal, uma desinfecção completa para eliminar a bactéria.

De acordo com Denilson Calore, a bactéria foi descoberta durante exames de rotina para identificar a existência de infecção hospitalar.

Na segunda-feira (22), a Vigilância Sanitária confirmou a presença da acinetobacter baumannii e determinou que a limpeza terminal fosse feita. A previsão é que o hospital reabra apenas na sexta-feira (26).

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos informou que foram coletados exames de todos os pacientes que ocupavam a ala de observação do pronto-socorro para identificar possíveis infecções pela bactéria. Os resultados ficarão prontos na próxima semana.

Na manhã de hoje (24), funcionários do hospital barravam a entrada de pacientes e familiares. José Rubens da Silva, aposentado, estava preocupado, pois tinha marcada a retirada de um exame para hoje e a consulta com cardiologista amanhã.

“Aqui é dificílimo marcar consulta. Eu fui encaminhado pelo posto de saúde, marquei com a cardiologista daqui. Geralmente demora muito, para quem já faz acompanhamento, demora na faixa de 30 dias [a marcação da consulta]”, lamentou.

A orientação aos pacientes é que, em casos de urgência e emergência, procurem outras Unidades de Pronto Atendimento da região. Exames e consultas de rotina serão reagendados.

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O Hospital Municipal de Guarulhos, na grande São Paulo, segue fechado desde ontem (22) por causa da contaminação pela bactéria multirresistente acinetobacter baumannii.

Segundo Denilson Calore, diretor da UTI do hospital, essa bactéria, geralmente, é inofensiva em pessoas saudáveis, mas pode trazer complicações para pacientes com quadros mais graves.

Nos últimos dois meses, quatro pacientes do hospital, que estavam com a saúde muito comprometida, morreram por complicações em razão dessa bactéria.

“As infecções hospitalares são comuns em qualquer hospital. Essa bactéria existe nas torneiras dos hospitais, nas mãos das pessoas e não causa infecção, na verdade elas só colonizam.

Acontece que alguns [pacientes] que são já muito deficientes, com AVC [Acidente Vascular Cerebral], múltiplos derrames ou doença pulmonar crônica, como enfisema pulmonar, podem adquirir a infecção sim”, explicou o médico.

Desde ontem, 30 pacientes que estavam internados no pronto-socorro foram transferidos para outros hospitais da região. Os 70 pacientes internados na enfermaria, ala que não foi afetada pela bactéria, permanecem no hospital.

Por prevenção, porém, todo o hospital foi fechado para realização da chamada limpeza terminal, uma desinfecção completa para eliminar a bactéria.

De acordo com Denilson Calore, a bactéria foi descoberta durante exames de rotina para identificar a existência de infecção hospitalar.

Na segunda-feira (22), a Vigilância Sanitária confirmou a presença da acinetobacter baumannii e determinou que a limpeza terminal fosse feita. A previsão é que o hospital reabra apenas na sexta-feira (26).

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos informou que foram coletados exames de todos os pacientes que ocupavam a ala de observação do pronto-socorro para identificar possíveis infecções pela bactéria. Os resultados ficarão prontos na próxima semana.

Na manhã de hoje (24), funcionários do hospital barravam a entrada de pacientes e familiares. José Rubens da Silva, aposentado, estava preocupado, pois tinha marcada a retirada de um exame para hoje e a consulta com cardiologista amanhã.

“Aqui é dificílimo marcar consulta. Eu fui encaminhado pelo posto de saúde, marquei com a cardiologista daqui. Geralmente demora muito, para quem já faz acompanhamento, demora na faixa de 30 dias [a marcação da consulta]”, lamentou.

A orientação aos pacientes é que, em casos de urgência e emergência, procurem outras Unidades de Pronto Atendimento da região. Exames e consultas de rotina serão reagendados.

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