Brasil

Horário de verão em 2022? veja o que diz o estudo técnico que embasará a decisão

A análise sobre a possibilidade de retomar o mecanismo, foi feita a pedido do Ministério de Minas e Energia (MME) em agosto

Horário de verão: Apesar do parecer a decisão sobre a medida caberá ao governo federal. (Arquivo/Agência Brasil/Reprodução)

Horário de verão: Apesar do parecer a decisão sobre a medida caberá ao governo federal. (Arquivo/Agência Brasil/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de outubro de 2022 às 08h33.

Novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que a aplicação do horário de verão neste ano não traz benefícios para a operação do sistema elétrico nacional. A análise sobre a possibilidade de retomar o mecanismo, extinto em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro, foi feita a pedido do Ministério de Minas e Energia (MME) em agosto. Apesar do parecer a decisão sobre a medida caberá ao governo federal.

Os resultados devem ser apresentados na próxima reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), colegiado presidido pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. O encontro está previsto para a próxima quarta-feira, 5.

“O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informa que conduziu análises sobre uma possível aplicação do Horário de Verão em 2022. Os resultados obtidos não apontaram benefícios para a operação do SIN [Sistema Interligado Nacional] decorrentes dessa medida. Neste contexto, o ONS reforça que cabe ao Governo Federal definir se aplicará ou não a medida”, informou o ONS ao Estadão/Broadcast.

Criado com a finalidade de aproveitar o maior período de luz solar durante a época mais quente do ano, o horário de verão foi instituído no Brasil em 1931 pelo então presidente Getúlio Vargas e adotado em caráter permanente a partir de 2008. Mas, mudanças nos hábitos do consumidor e avanço da tecnologia reduziram a relevância da economia de energia ao longo dos anos. Esse foi o argumento usado pelo governo para extinguir a medida em 2019.

O novo estudo foi solicitado justamente para entender se houve alguma alteração nesse cenário com o crescimento da geração de energia solar, sobretudo pela expansão dos sistemas de geração distribuída. O objetivo era entender quais seriam os efeitos de adiantar o pico de consumo do início da noite para um horário em que ainda há sol e geração dessa fonte, o que poderia reduzir a necessidade de acionar outras que podem custar mais caro.

No passado, em meio à crise hídrica e pressão crescente de alguns setores da economia, o MME também solicitou uma avaliação sobre a volta do mecanismo. O estudo entregue à pasta apresentou o mesmo argumento usado em 2019: a medida não traria economia de energia. A avaliação apontou que o horário de verão poderia ajudar, mesmo que pouco, a atenuar o consumo nos horários de ponta. Diante do diagnóstico, o governo descartou a volta do horário de verão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também: 

Abstenção nas eleições: 32,7 milhões de eleitores não foram às urnas no primeiro turno

Lula diz que não haverá folga na campanha e que está certo da vitória

Acompanhe tudo sobre:Horário de verãoJair BolsonaroMinistério de Minas e Energia

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 23 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP