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A primeira de oito viagens

Após 33 horas de voo, com escalas em Cabo Verde, na República Checa e no Cazaquistão, o presidente Michel Temer finalmente desembarcou na China para o encontro do G-20 às 10h desta sexta (23h de quinta no horário brasileiro). A viagem deve servir a dois propósitos. Primeiro, mostrar ao mundo que tomou posse dentro das […]

TEMER: presidente chega à China na primeira de oito viagens internacionais que deve fazer até o fim do ano / Aly Song/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2016 às 19h32.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h48.

Após 33 horas de voo, com escalas em Cabo Verde, na República Checa e no Cazaquistão, o presidente Michel Temer finalmente desembarcou na China para o encontro do G-20 às 10h desta sexta (23h de quinta no horário brasileiro). A viagem deve servir a dois propósitos. Primeiro, mostrar ao mundo que tomou posse dentro das regras constitucionais. Depois, começar o trabalho de tirar a economia do buraco, trazendo investimentos internacionais. A primeira tarefa tende a ser mais simples. Já a segunda vai demandar mais oito viagens internacionais até o fim do ano.

Na China, Temer deve avalizar negociações como a venda de 50 aviões Embraer, uma linha de crédito de um bilhão de dólares para a Petrobras, além de negociações para facilitar a venda de soja e carne brasileiros na China. Também fará cinco discursos na tentativa de eliminar as (muitas) dúvidas que ainda restam sobre o impeachment.

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O próprio Temer admitiu, na reunião ministerial de quarta-feira, que a oposição conseguiu impor a narrativa de que houve um golpe no país para uma parte importante da mídia internacional. Editoriais de jornais como o El País, da Espanha, o Guardian, da Inglaterra, e o americano New York Times criticaram, em maior ou menor tom, o processo. Mudar essa percepção é fundamental para a narrativa de reformas do governo.

As viagens também devem marcar uma mudança da direção da política internacional brasileira. “Dilma priorizou países pela ideologia, não pela força do comércio bilateral. Pela programação, Temer deve ser mais pragmático” diz Virene Matesco, professora de economia da Fundação Getúlio Vargas. Além da China, maior parceira comercial do país, Estados Unidos e Argentina, segundo e terceiro países da lista, também devem ser visitados até o final do ano. Japão, México e Colômbia também estão na lista.

A agenda está montada. Agora é a vez de Temer, Henrique Meirelles, Blairo Maggi, José Serra e companhia venderem o peixe brasileiro.

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