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Haddad diz que órgão da sua gestão detectou irregularidades

Ao ser questionado da suspeita de irregularidades no Minha Casa Minha Vida, o prefeito ressaltou que a investigação partiu de órgão criado na sua gestão


	Fernando Haddad, prefeito de São Paulo: "a controladoria é o órgão que eu criei, pra fazer isso"
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Fernando Haddad, prefeito de São Paulo: "a controladoria é o órgão que eu criei, pra fazer isso" (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 12h49.

São Paulo - Ao ser questionado por jornalistas da suspeita de uma série de irregularidades no programa de habitação Minha Casa, Minha Vida, na capital paulista, o prefeito Fernando Haddad (PT) fez questão de ressaltar que a investigação partiu de um órgão da Prefeitura criado em sua gestão, que é a Controladoria-Geral do Município.

"A controladoria é o órgão que eu criei, pra fazer isso, pra passar em revista e verificar se tem alguma vulnerabilidade."

Haddad afirmou também que no caso do Minha Casa, Minha Vida, a auditoria feita pela controladoria partiu de um pedido do secretário municipal de Habitação, José Floriano de Azevedo Marques Neto, reforçando o argumento de que é sua própria gestão que está detectando e corrigindo irregularidades.

Relatório do órgão apontou irregularidades da aplicação do programa na cidade, que vão desde concessão de benefício a pessoas que não estavam cadastradas a pagamentos indevidos de bolsa-aluguel. As falhas teriam ocorrido na atual gestão, de Haddad, e na gestão anterior, de Gilberto Kassab (PSD). Parte das denúncias foi encaminhada para a Polícia Civil.

Quando perguntado sobre o sistema de lista do cadastro da Prefeitura para beneficiários do programa habitacional, Haddad afirmou que sua gestão vai lançar em breve uma "ferramenta de transparência absoluta no campo da moradia, que nunca houve na cidade de São Paulo e por impulso da controladoria que nós criamos". Mas não deu maiores detalhes.

Sobre o caso denunciado nesta segunda-feira, 2, pelo jornal Folha de S.Paulo, do auditor fiscal que acumulou patrimônio de R$ 20 milhões em imóveis, Haddad disse que seguirá o mesmo procedimento. Segundo o prefeito, as suspeitas são levantadas por cruzamento de informações patrimoniais com dados da Receita Federal e que, assim como José Rodrigo Freitas, há cerca de outros 40 servidores que estão prestando esclarecimento sobre seus patrimônios.

Água.

O prefeito informou que aguarda uma resposta formal do secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, sobre as três demandas apresentadas por prefeitos da região metropolitana em reunião realizada na semana passada e que foi articulada pelo petista.

"Estamos aguardando uma comunicação oficial do secretário Benedito, que ficou de em 10 dias nos responder sobre aquela reunião em que pedimos o comitê de crise, o plano de contingência e um plano de comunicação", afirmou.

Segundo Haddad, a ideia do comitê é um órgão que reúna prefeitos, Sabesp e governo estadual para, de fato, gerir a crise, ou seja, ser um órgão com poder de tomada de decisões neste momento crítico de falta de água no Estado. Sobre a crise hídrica, ele disse ainda que não sabia se faltava água em sua casa e afirmou que toma banho todos os dias

Secretariado.

Haddad evitou responder diretamente, mas disse que mais mudanças ainda podem acontecer no seu secretariado e que devem ser anunciadas até o fim deste mês.

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