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Guedes diz que Brasil irá reduzir mais impostos

Ministro da Economia declarou que o país está se recuperando mais rápido do que outras nações, durante evento com representantes do setor automotivo

Nenhum ministro do Planejamento vai desenhar o futuro da economia, da educação. Precisamos da troca frequente de opiniões", afirmou Guedes (Adriano Machado/Reuters)

Nenhum ministro do Planejamento vai desenhar o futuro da economia, da educação. Precisamos da troca frequente de opiniões", afirmou Guedes (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 8 de setembro de 2022 às 19h25.

Última atualização em 8 de setembro de 2022 às 19h38.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a democracia é um algoritmo de decisão descentralizada e ninguém tem toda a força, o que evita que se cometam excessos. O ministro comparou esse mecanismo ao mundo ocidental, que, segundo ele, vem prosperando com decisões descentralizadas na economia.

"O mundo ocidental prosperou com algoritmo de decisão de economia descentralizada. Nenhum ministro do Planejamento vai desenhar o futuro da economia, da educação. Precisamos da troca frequente de opiniões", afirmou Guedes durante o evento #ABX22, que reuniu representantes do setor automotivo, e foi promovido pela Automotive Business, em São Paulo.

Guedes disse que durante a pandemia manteve contato com empresários do setor automobilístico para saber quais eram as necessidades. Desses encontros e das trocas de opiniões, saíram os programas que ajudaram as empresas e os mais pobres a atravessar a crise.

"Desenhamos rapidamente o auxílio emergencial e o programa de preservação de empregos, que evitou que fossem perdidos 11 milhões de empregos", afirmou à plateia.

Guedes voltou a afirmar que a economia brasileira está se recuperando mais rápido do que outras grandes economias do planeta. Ele disse que o Brasil vai seguir crescendo, porque foi o único país que seguiu com reformas durante a pandemia. O ministro afirmou que vai continuar reduzindo impostos, e que o Brasil terá energia mais barata.

O ministro observou que a indústria brasileira vinha sofrendo nas últimas três décadas com falta de crédito, impostos e encargos trabalhistas excessivos, que formam o chamado custo Brasil.

"Com impostos sobre insumos básicos como minério de ferro, fica difícil fazer aço. O imposto atinge o aço antes de chegar à indústria. Vamos baixar o imposto sobre produtos industrializados (IPI) e reindustrializar o país. Não queremos juros lá em cima atraindo o capital especulativo", prometeu aos representantes da indústria automotiva.

Guedes observou que a indústria automobilística não vai mudar para os carros elétricos do dia para a noite, e que o Brasil tem uma grande oportunidade na reorganização das cadeias produtivas. Ele disse que o etanol é um diferencial do Brasil antes do processo de eletrificação.

"Ninguém vai para o carro elétrico do dia para a noite. Imagine quanto tempo vai levar para todos os postos de gasolina terem pontos de recarga elétrica", disse.

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