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Grupo de elite da Polícia vai apurar tiros contra caravana de Lula

Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que deslocou duas equipes do Cope para reforçar as investigações

Polícia Civil do Estado: grupo de elite vai reforçar as investigações sobre os tiros disparados contra veículos da caravana do ex-presidente Lula (Ricardo Moraes/Reuters)

Polícia Civil do Estado: grupo de elite vai reforçar as investigações sobre os tiros disparados contra veículos da caravana do ex-presidente Lula (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de março de 2018 às 13h51.

Última atualização em 28 de março de 2018 às 14h38.

São Paulo - A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) informou que deslocou para Laranjeiras do Sul duas equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), grupo de elite da Polícia Civil do Estado, para reforçar as investigações sobre os tiros disparados contra veículos da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dois ônibus que transportavam parte da equipe do petista foram atingidos por armas de fogo na noite desta terça-feira, 27. Um dos veículos era ocupado por jornalistas de blogs e sites independentes, que fazem a comunicação da caravana de Lula pela região Sul do País, e repórteres estrangeiros. Ao menos um alemão e um argentino estavam a bordo.

De acordo com a Secretaria de Segurança, um inquérito policial já foi aberto para apurar o caso e o laudo pericial do ônibus deve ficar pronto nos próximos dias.

A Sesp afirmou que não houve nenhum pedido formal de escolta para a caravana ou para o ex-presidente e que sequer tem conhecimento do "paradeiro" de Lula. A pasta reafirmou que a Polícia Militar do Estado reforçou o policiamento nos locais indicados pela caravana, mas ressaltou também que parte do cronograma que fora informado previamente às autoridades paranaenses foi alterado durante a passagem de Lula.

Após o incidente desta terça, petistas acusaram as autoridades da área de segurança, tanto federais como estaduais, de omissão em relação aos atos de violência contra a caravana registrados ao longo destes oito dias.

O deputado federal Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, disse ter telefonado para o ministro da defesa, Raul Jungmann, para cobrar providências. Segundo ele, Jungmann foi alertado desde o inicio da caravana, dos primeiros episódios de violência, sobre os riscos, assim como as autoridades dos três Estados por onde a caravana passou.

O ministro classificou como "inaceitável" o episódio no Paraná e afirmou que a Polícia Federal não irá investigar o caso dos tiros porque o crime não foi federal e cabe às autoridades estaduais atuar.

Nesta quarta-feira, 28, haverá ato programado em Curitiba, que marcará o encerramento da caravana. O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) também passará pela capital paranaense.

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