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Governo de SP retoma obras da linha 6-laranja do Metrô

Com 15,3 quilômetros de extensão, a Linha 6-Laranja do Metrô vai ligar a região da Brasilândia à Estação São Joaquim e terá 15 estações

Metrô: obras estavam paradas desde 2016 e a previsão de entrega completa é de cinco anos (Andre Coelho / Bloomberg/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de outubro de 2020 às 20h54.

O governo de São Paulo anunciou a retomada das obras da linha 6-laranja do Metrô . De acordo com o governador João Doria (PSDB) as obras serão retomadas a partir desta terça-feira, 6. Segundo Doria, as obras estavam paradas desde 2016 e a previsão de entrega completa é de cinco anos.

"Retomamos a partir de amanhã as obras da linha 6-laranja, que estavam paradas desde 2016. As obras recomeçam com investimento de R$ 15 bilhões. A previsão de entrega completa é de cinco anos a partir de amanhã. Essa é a maior parceria Público-Privada em desenvolvimento na América Latina", afirmou Doria.

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A linha é composta por 15 estações e tem mais 15 quilômetros de extensão, e vai ligar zona norte ao centro (Brasilândia a São Joaquim). O projeto inclui 15 novas estações e contará com integração para outras quatro linhas, do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

"Essa linha vai passar pelas principais universidades de São Paulo. E, quando estiver concluída, vai transportar 630 mil passageiros. Lembrando que estamos na pandemia e SP dá uma demonstração de apoio às obras e iniciativas de infraestrutura", disse o governador.

A construção e a operação da Linha 6-Laranja serão feitas pelo grupo espanhol Acciona, que adquiriu o direito do consórcio Move São Paulo. A concessão inclui ainda a aquisição de toda a frota, que deverá ter 22 trens, e prevê 19 anos para manutenção e operação.

O consórcio Move São Paulo, que foi quem venceu a licitação para construir e operar a linha, no fim de 2013, era formado pelas construtoras Odebrecht, Queiróz Galvão, UTC Engenharia e por um fundo de investimentos. Em setembro de 2016, sem recursos em caixa e sem linhas de crédito após a Operação Lava Jato, as empresas desistiram da obra, que ficou parada. Desde então, os governos Geraldo Alckmin (PSDB), Márcio França (PSB) e João Doria (PSDB) não haviam encontrado uma forma de a obra ser retomada.

A concessão previa que o Estado ficaria responsável por bancar todas as desapropriações necessárias para a construção dos 15,3 quilômetros de trilhos, a um custo, em valores de 2013, de R$ 5 3 bilhões. À parceira privada, caberia executar a obra, adquirir trens e todos os equipamentos para a operação das composições e estações e, depois da inauguração, operar a linha.

No ano passado, Doria e o secretário de TransportesMetropolitanos, Alexandre Baldy, se aproximaram do grupo espanhol Acciona. Eles buscavam uma solução que evitasse a necessidade de realização de uma nova licitação para a linha. A saída anunciada foi com os europeus comprando os direitos da Move São Paulo.

A linha abrange as seguintes estações: São Joaquim, Bela Vista, 14 Bis, Higienópolis-Mackenzie, Angélica-Pacaembu, PUC-Cardoso de Almeida, Perdizes, Sesc Pompeia, Água Branca, Santa Marina, Freguesia do Ó, João Paulo I, Itaberaba, Vila Cardoso e Brasilândia. Todas as áreas que precisavam ser desapropriadas para a construção dessas estações estavam desapropriadas desde 2014 e, depois que as obras foram paralisadas, estavam vazias, o que causava queixa entre os moradores do entorno dos canteiros desocupados.

Com o novo prazo de cinco anos para a conclusão, em 2025, a obra terá um atraso de nove anos: a promessa original feita no governo Alckmin era que o ramal ficasse pronto em 2016. Do ponto de vista de planejamento, segundo o Metrô, a linha tem a vantagem de aumentar as opções de conexão no centro expandido da capital e também facilitava o acesso das linhas 7-Rubi e 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A previsão é que o novo ramal seja usado por 670 mil pessoas todos os dias.

De acordo com o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, todas as desapropriações já foram feitas e o governo desistiu de ações judiciais que poderiam atrasar mais o cronograma da obra.

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