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Governo brasileiro negocia extradição de Battisti com Itália e Bolívia

Ex-ativista de esquerda italiano, Cesare Battista estava foragido e foi capturado pelas autoridades da Bolívia no sábado (12)

Governo Bolsonaro: Autoridades estão "tomando todas as providências necessárias" para que Battisti seja extraditado à Itália (Adriano Machado/Reuters/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de janeiro de 2019 às 11h34.

Rio de Janeiro - O governo do Brasil afirmou neste domingo (13) em uma breve nota que está "tomando todas as providências necessárias" para que o ex-ativista de esquerda italiano, Cesare Battista , capturado pelas autoridades da Bolívia, seja extraditado ao seu país de origem.

Em uma nota conjunta divulgada hoje, o Ministério de Justiça e Segurança Pública e a Chancelaria asseguraram que "estão tomando todas as providências necessárias, em cooperação com o Governo da Bolívia e com o Governo da República da Itália, para completar a extradição de Battisti e entregá-lo às autoridades italianas".

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Battisti, que estava foragido da justiça desde dezembro, foi detido no sábado na Bolívia, para onde tinha fugido depois que a Suprema Corte brasileira ordenou sua detenção a fim de extraditá-lo ao país europeu e o então presidente Michel Temer assinou o correspondente decreto.

O ex-ativista italiano, de 64 anos, foi capturado na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra por uma equipe de agentes italianos e brasileiros, enquanto caminhava pela rua, e não impôs resistência, segundo fontes do Ministério do Interior italiano.

Após a notícia de sua captura, o presidente da República, Sergio Matteralla, comemorou a detenção do ex-militante de esquerda e pediu que seja "prontamente entregue para que cumpra pena pelos graves crimes" cometidos na Itália há quatro décadas.

Battisti é reclamado pelas autoridades da Itália, onde foi condenado por quatro homicídios na década de 70.

Segundo o primeiro-ministro Giuseppe Conte, um avião italiano já se dirige para a Bolívia com o objetivo de assumir a custódia de Battisti e levá-lo de volta à Itália.

Até dezembro, Battisti vivia em liberdade no Brasil em virtude de uma decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, (2003-2010), líder do Partido dos Trabalhadores (PT) e que está preso desde abril condenado a 12 anos por corrupção.

Lula negou a extradição de Battisti no último dia de seu segundo mandato - em 31 de dezembro de 2010 - apesar de o Supremo ter autorizado a extradição em decisão não-vinculativa.

Em dezembro, a pedido da procurador-geral, o Supremo ordenou a detenção "com fins de extradição" do ex-militante de esquerda, antigo membro do grupo Proletária Armados pelo Comunismo (PAC), um braço das Brigadas Vermelhas.

Após a ordem de captura, o então presidente do Brasil, Michel Temer, assinou o decreto de extradição em 14 de dezembro poucos dias antes do término de seu mandato.

Battisti, além disso, era procurado pelas autoridades brasileiras e internacionais pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Essas acusações são relacionadas com o processo pelo qual Battisti foi detido temporariamente em outubro do ano passado na fronteira com a Bolívia por carregar consigo R$ 25 mil em dinheiro.

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