Governo brasileiro emite nota condenando os ataques a Israel
Em nota, o governo "lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina"
Redação Exame
Publicado em 7 de outubro de 2023 às 10h41.
Última atualização em 7 de outubro de 2023 às 10h56.
Mais de 5 mil foguetes foram lançados no sábado a partir da Faixa de Gaza contra Israel, segundo o braço armado do Hamas, que declarou ter lançado a operação “Dilúvio de Al-Aqsa”. O exército israelense afirmou também que um "número indeterminado de terroristas" se infiltrou no território a partir da Faixa de Gaza. Segundo os serviços de emergência de Israel, ao menos 22 pessoas morreram e 545 ficaram feridas.
Após os ataques, o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que seu país está em guerra contra o Hamas.
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O governo brasileiro emitiu nota condenando os ataques.No comunicado, o governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.
Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz.
"Governo brasileiro condena a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza, provocando a morte de ao menos 20 cidadãos israelenses, além de mais de 500 feridos. Expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel.
Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação.
Não há, até o momento, notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina.
O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina.
Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão.
O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz."
Comunidade judaica no Brasil
Representantes da comunidade judaica no Brasil condenaram, na manhã deste sábado, os ataques em larga escala contra Israel, promovidos pelo braço armado do grupo palestino Hamas.
Em nota, a Confederação Israelita do Brasil pede às autoridades brasileiras que condenem "com máximo vigor" o que chamou de "vil ataque terrorista". Destaca que foi um "ato de guerra e terror injustificável sob qualquer aspecto" e defende o direito de os israelenses se defenderem.
"Israel defenderá seus cidadãos diante desse ataque, como qualquer país faria".
A Federação Israelita do Estado de São Paulo também reformou o direito de autodefesa de Israel após o ataque surpresa do Hamas. A entidade ressaltou que, em 75 anos, o país é a única democracia do Oriente Médio.
"Em 75 anos de conquistas tecnológicas, educacionais, agrícolas e de saúde, Israel segue como a única democracia do Oriente Médio e o único país daquela região onde, registre-se, se respeita a liberdade religiosa de judeus, cristãos e muçulmanos".