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Governo anuncia medidas para reforçar geração de energia

Depois dos desligamentos de energia ocorridos ontem, o governo vai tomar medidas para reforçar a geração, segundo o ministro de Minas e Energia


	O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga: serão adicionados 1,5 mil megawatts (MW) ao sistema elétrico da Região Sudeste, disse
 (Divulgação/Facebook/Eduardo Braga)

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga: serão adicionados 1,5 mil megawatts (MW) ao sistema elétrico da Região Sudeste, disse (Divulgação/Facebook/Eduardo Braga)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 20h18.

Depois dos desligamentos de energia ocorridos ontem (19), em 11 estados e no Distrito Federal, o governo vai tomar medidas para reforçar a geração de energia no país.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, serão adicionados 1,5 mil megawatts (MW) ao sistema elétrico da Região Sudeste.

Entre as medidas está a antecipação da entrada de usinas termelétricas da Petrobras, que estão em manutenção preventiva. Até o dia 18 de fevereiro serão adicionados 867 MW ao sistema.

Também será feita a transferência adicional de 300 MW da Usina de Itaipu, o repasse de mais 400 MW de energia para as regiões Sudeste e Centro-Oeste e a ressincronização da Usina Nuclear Angra 1, com despacho parcial entre 100 MW e 200 MW. “Estamos fortalecendo o sistema para que intercorrências como a de ontem tenham ainda um nível maior de segurança”, disse.

O ministro explicou que o problema registrado ontem começou quando houve variação de geração de um gigawatt na linha de transmissão que liga o Nordeste ao Sul do país. Depois disso, várias usinas foram desativadas, sendo que a primeira foi a Usina Governador Ney Braga, no Paraná, administrada pela Copel, com 1,2 mil MW de potência, que foi desligada por atuação indevida da proteção de potência reversa.

No entanto, ainda não é possível identificar se esse desligamento foi ocasionado por falha técnica ou humana.

Eduardo Braga ressaltou que se não tivessem sido registrados atrasos em grandes projetos de hidrelétricas como Belo Monte, no Pará, Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, a situação atual seria diferente.

“Se Belo Monte já estivesse funcionando, se não tivessem tocado fogo no canteiro de Jirau, se não tivesse acontecido nada em Santo Antônio, se todas as obras estivessem funcionando dentro do cronograma, nada disso estaria acontecendo”, disse.

Ele também ressaltou que o país está vivendo um momento de alto rigor no ritmo hidrológico, e lembrou que nos dois últimos anos os reservatórios das hidrelétricas trabalharam em regimes extremos.

“Em 2015 eles entraram com menos água ainda, e as chuvas em janeiro foram extremamente raras, principalmente onde deveriam ocorrer. Mas Deus é brasileiro, temos que contar que Ele vai trazer um pouco de chuva para que possamos ter mais tranquilidade ainda”, avaliou o ministro.

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que a falta de energia que ocasionou a paralisação do metrô, em São Paulo, não foi ocasionada pela ocorrência que resultou no desligamento da energia em vários estados.

“Foi um problema local, que não tem nada a ver com essa ocorrência”. Segundo ele, quem define as cargas que devem ser desligadas quando há algum problema são as distribuidoras.

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