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Globo nega ter feito campanha para Luciano Huck no Faustão

Afirmação vem após integrantes do PT entrarem com representação no TSE contra a emissora por suposto abuso dos meios de comunicação e de poder econômico

Luciano Huck: no programa, Huck falou sobre o atual cenário político do Brasil (Leonardo Benassatto/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 14h17.

A TV Globo informou em nota oficial, divulgada nesta terça-feira dia 9, que cumpre a legislação eleitoral, tem política interna rigorosa e não apoia qualquer candidato nas eleições de 2018.

A afirmação vem após integrantes do PT entrarem com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a emissora por suposto abuso dos meios de comunicação e de poder econômico após a participação de Luciano Huck no "Domingão do Faustão". No programa, Huck falou sobre o atual cenário político do Brasil.

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A TV Globo comunicou, ainda, que se limitará a realizar cobertura jornalística das eleições de 2018 seguindo as regras de seus princípios editoriais.

"No período que antecede anos eleitorais, conversamos com diversos profissionais do nosso casting para relembrá-los sobre as regras que, entre outras restrições, impedem que contratados da emissora que desejem se candidatar permaneçam no ar em qualquer programa", informa a emissora.

Na segunda-feira, 8, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) entraram com representação no TSE contra a TV Globo e os apresentadores Fausto Silva e Luciano Huck. Embora tenha negado que seja candidato à Presidência em 2018, Huck é alvo do processo por, supostamente, ter se beneficiado da participação no programa Domingão do Faustão.

No documento, os líderes do PT na Câmara e no Senado pedem à Corregedoria-Geral Eleitoral que seja declarada a caracterização de abuso de poder econômico e dos meios de comunicação com a aplicação das penalidades de inelegibilidade de Huck ou cassação do possível registro de sua candidatura. Além disso, requerem pagamento de multa por parte dos três acusados.

Os parlamentares alegaram que, durante o programa, houve uma "demonização da atual política, dos políticos que a representam, dos pré-candidatos que ostensivamente já se apresentaram para a sociedade como postulantes ao cargo presidencial e, de forma subliminar, a exaltação da pré-candidatura de Luciano Huck".

Os petistas ressaltam que boa parte do programa foi destinada a discutir a questão política, colocando Huck como uma possibilidade nova "capaz de mudar a realidade vigente (...), diferente de tudo e de todos que aí se encontram". Para os parlamentares, a emissora promove a pré-candidatura do apresentador de forma objetiva e direta, o que causa "interferência antecipada na lisura e na igualdade de disputa presidencial".

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