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Gasoduto de SP poderia sair do papel com rede inicial menor

Governo e empresas analisam a possibilidade de construção de uma rede de transporte menor, a partir da qual seria estimulada uma nova demanda no Estado

A intenção do governo de São Paulo é estimular não apenas a competitividade da indústria paulista, mas também viabilizar projetos na área de geração energética (Divulgação/Gás Natural Fenosa)
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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 17h36.

São Paulo - O projeto em discussão entre o governo estadual de São Paulo e a iniciativa privada para a construção de um gasoduto que interligaria o pré-sal de Santos à rede de distribuição de gás do Estado pode sair do papel de uma forma diferente daquela pensada inicialmente. Pelo menos em um primeiro momento.

Ao invés de um investimento inicial de US$ 6 bilhões a US$ 7 bilhões na construção de um gasoduto com capacidade para escoar grandes volumes, governo e empresas analisam a possibilidade de construção de uma rede de transporte menor, a partir da qual seria estimulada uma nova demanda no Estado.

"Um projeto maior demoraria cinco anos para ser feito. E como resolveríamos isso antes? Através de gás natural liquefeito (GNL)", explicou o secretário de Energia do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles, em referência a um insumo que poderia ser importado e tratado em navios de regaseificação.

"Hoje há disponibilidade de gás e de navios. Precisamos criar o consumo, e para isso precisamos oferecer gás. Mas não precisamos entrar com 15 milhões de metros cúbicos diários de uma vez, podemos entrar com 1 milhão de m3/d e depois aumentamos", explicou o secretário.

O projeto é discutido com empresas como a Shell, que atua na atividade de exploração e produção de petróleo e gás, e com a Comgás, distribuidora de gás com atuação no Estado de São Paulo.

A Comgás é uma empresa controlada pela Cosan e pela própria Shell e já demonstrou em mais de uma oportunidade a intenção de reduzir a dependência da Petrobras, única que fornece gás natural para o Estado.

Meirelles explicou que o gás da costa paulista poderia chegar à rede a partir de gasodutos já existentes na região ou a partir de novos gasodutos, caso a rede existente enfrente restrições para aumentar a oferta atual.

O secretário não forneceu mais detalhes em relação às negociações com a iniciativa privada, porém destacou que espera alguma definição sobre a viabilidade do projeto ainda em 2015. "Não podemos passar deste ano com as análises preliminares", disse.

Demanda

Com o gasoduto, o governo de São Paulo pretende estimular não apenas a competitividade da indústria paulista, mas também viabilizar projetos na área de geração energética.

Além de grandes térmicas em estudo no Estado, casos de projetos planejados pela AES Tietê e pela Duke Energy, a nova oferta de gás natural poderia viabilizar projetos menores de geração distribuída. Shopping centers, prédios comerciais e grandes redes de varejo são potenciais clientes no uso de gás natural para a geração elétrica.

Meirelles revelou também que o governo de São Paulo estuda alternativas para realizar leilões de energia e, com isso, estimular novos investimentos no Estado.

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São Paulo - O projeto em discussão entre o governo estadual de São Paulo e a iniciativa privada para a construção de um gasoduto que interligaria o pré-sal de Santos à rede de distribuição de gás do Estado pode sair do papel de uma forma diferente daquela pensada inicialmente. Pelo menos em um primeiro momento.

Ao invés de um investimento inicial de US$ 6 bilhões a US$ 7 bilhões na construção de um gasoduto com capacidade para escoar grandes volumes, governo e empresas analisam a possibilidade de construção de uma rede de transporte menor, a partir da qual seria estimulada uma nova demanda no Estado.

"Um projeto maior demoraria cinco anos para ser feito. E como resolveríamos isso antes? Através de gás natural liquefeito (GNL)", explicou o secretário de Energia do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles, em referência a um insumo que poderia ser importado e tratado em navios de regaseificação.

"Hoje há disponibilidade de gás e de navios. Precisamos criar o consumo, e para isso precisamos oferecer gás. Mas não precisamos entrar com 15 milhões de metros cúbicos diários de uma vez, podemos entrar com 1 milhão de m3/d e depois aumentamos", explicou o secretário.

O projeto é discutido com empresas como a Shell, que atua na atividade de exploração e produção de petróleo e gás, e com a Comgás, distribuidora de gás com atuação no Estado de São Paulo.

A Comgás é uma empresa controlada pela Cosan e pela própria Shell e já demonstrou em mais de uma oportunidade a intenção de reduzir a dependência da Petrobras, única que fornece gás natural para o Estado.

Meirelles explicou que o gás da costa paulista poderia chegar à rede a partir de gasodutos já existentes na região ou a partir de novos gasodutos, caso a rede existente enfrente restrições para aumentar a oferta atual.

O secretário não forneceu mais detalhes em relação às negociações com a iniciativa privada, porém destacou que espera alguma definição sobre a viabilidade do projeto ainda em 2015. "Não podemos passar deste ano com as análises preliminares", disse.

Demanda

Com o gasoduto, o governo de São Paulo pretende estimular não apenas a competitividade da indústria paulista, mas também viabilizar projetos na área de geração energética.

Além de grandes térmicas em estudo no Estado, casos de projetos planejados pela AES Tietê e pela Duke Energy, a nova oferta de gás natural poderia viabilizar projetos menores de geração distribuída. Shopping centers, prédios comerciais e grandes redes de varejo são potenciais clientes no uso de gás natural para a geração elétrica.

Meirelles revelou também que o governo de São Paulo estuda alternativas para realizar leilões de energia e, com isso, estimular novos investimentos no Estado.

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