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G20 se orienta na mesma direção de Bolsonaro, diz Ernesto Araújo

Alguns países integrantes do G20, no entanto, vêm adotando medidas restritivas, que foram criticas por Bolsonaro

Ernesto Araújo: chanceler afirmou que G20 defende medidas para proteger à vida e os empregos (Gustavo Minas/Bloomberg)

Ernesto Araújo: chanceler afirmou que G20 defende medidas para proteger à vida e os empregos (Gustavo Minas/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de março de 2020 às 16h55.

Última atualização em 25 de março de 2020 às 16h56.

O ministro da Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse nesta quarta-feira (25) que os países integrantes do Grupo dos 20 (G20) devem focar os princípios de proteção à vida e aos empregos ao formularem medidas para a contenção do novo coronavírus, causador da covid-19. Segundo o chanceler, há um consenso formado entre os líderes do G-20 que iria "na mesma direção defendida pelo presidente Jair Bolsonaro".

"Nos trabalhos preparatórios para a videoconferência dos líderes do G-20 sobre coronavírus, a ser realizada amanhã (26), formou-se o consenso de que todos os governos devem trabalhar para proteger a vida dos cidadãos e, ao mesmo tempo, preservar o emprego, restaurar a confiança, permitir a retomada do crescimento econômico e reduzir as perturbações ao comércio. Desse modo, o G-20 (onde estão Brasil, EUA, China, Índia, Japão, europeus, Arábia Saudita, Coreia etc.) se orienta na mesma direção defendida pelo presidente Jair Bolsonaro", escreveu Araújo, em sua conta no Twitter.

Alguns países integrantes do grupo, no entanto, vêm adotando medidas restritivas à circulação de pessoas. Os limites foram criticados nesta terça-feira (24) por Bolsonaro num pronunciamento em cadeia nacional de TV e rádio. Cidadãos do Reino Unido e da Índia, por exemplo, viram seus primeiros-ministros irem à público para pedir que fiquem em casa. Nesta terça-feira, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, estabeleceu um bloqueio total no país, que tem 1,3 bilhão de habitantes.

Em carta aos membros do G-20, divulgada nesta quarta-feira, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, recomendou a criação de um "mecanismo de resposta articulado" ao coronavírus, que incluiria "testar, rastrear, fazer quarentena, tratar os doentes e coordenar medidas para restringir movimentos e contatos".

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