Moraes determinou prisão domiciliar de 10 condenados pelo STF (Gustavo Moreno/SCO/STF/Divulgação)
Reporter
Publicado em 27 de dezembro de 2025 às 15h28.
A tentativa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques de fugir do país embasou a decisão do ministro Alexandre de Moraes de determinar a prisão domiciliar de outros 10 condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação nos ataques de 8 de janeiro.
O magistrado cita Vasques e o ex-deputado federal Alexandre Ramagem e afirma que “o modus operandi da organização criminosa indica a possibilidade de planejamento e execução de fugas para fora do território nacional”.
A determinação de Moraes deste sábado, 27, tem como alvo 10 condenados nos chamados núcleos 2, 3 e 4, que deverão cumprir prisão domiciliar, usar tornozeleira eletrônica e ficar proibidos de acessar redes sociais enquanto ainda estão com recursos pendentes de julgamento.
“Conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional na data de hoje, o réu Silvinei Vasques foi preso no Aeroporto de Assunção ao tentar embarcar para El Salvador portando documento falso, após ter rompido a tornozeleira eletrônica”, diz o magistrado na decisão.
Ramagem, por sua vez, obteve sucesso na fuga e está nos Estados Unidos. A PF ainda não localizou encontrou Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, condenado a 7 anos e 6 meses em regime semiaberto, que é considerado foragido.
A corporação já encontrou os dois integrantes do núcleo 2, responsável pela chamada minuta de golpe: Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do governo Bolsonaro, e Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça.
Ambos e os demais alvos das decisões deste sábado ainda não iniciarão o cumprimento da pena, que só começará após os processos contra eles transitarem em julgado, ou seja, quando tiverem sido analisados todos os recursos possíveis.