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Foragido morto; Cunha é réu (de novo)…

Foragido morto Paulo Cesar de Barros Morato, foragido da operação Turbulência, deflagrada na terça-feira, foi encontrado morto em um motel na cidade pernambucana de Olinda. Segundo a Polícia Federal, ele é o proprietário da empresa Câmara & Vasconcelos, envolvida na compara do avião que caiu matando o candidato à presidência Eduardo Campos, em 2014. Morato […]

EDUARDO CUNHA: presidente afastado da câmara será julgado por corrupção e lavagem de dinheiro / Adriano Machado/Reuters
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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 07h06.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h16.

Foragido morto

Paulo Cesar de Barros Morato, foragido da operação Turbulência, deflagrada na terça-feira, foi encontrado morto em um motel na cidade pernambucana de Olinda. Segundo a Polícia Federal, ele é o proprietário da empresa Câmara & Vasconcelos, envolvida na compara do avião que caiu matando o candidato à presidência Eduardo Campos, em 2014. Morato era suspeito de fazer parte de um esquema de corrupção que teria irrigado a campanha de Campos e de Marina Silva.

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Cunha, o réu

O Supremo Tribunal Federal decidiu nesta quarta-feira, por unanimidade, aceitar a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o deputado afastado Eduardo Cunha. Os ministros acompanharam o voto do relator, ministro Teori Zavascki, de que há elementos suficientes para tornar o parlamentar réu em sua segunda ação penal ligada à Lava-Jato no Supremo. A denúncia diz que Cunha atuou pela indicação de Jorge Zelada à diretoria Internacional da Petrobras, e recebeu propinas mantidas em contas secretas no exterior. Agora, Cunha será julgado por corrupção e lavagem de dinheiro.

A família também

Além de aceitarem a denúncia, os ministros do Supremo também entenderam que os processos de sua esposa, Cláudia Cruz, e sua filha, Danielle Cunha, devem permanecer na competência do juiz Sergio Moro, de Curitiba, e não no Supremo – como pretendia a defesa de Cunha. O ministro Zavascki argumentou que mantê-las no STF poderia causar a falência da Lava Jato, uma vez que seria preciso trazer os outros envolvidos para a última instância.

Sempre a Suíça

O administrador Camilo Gornati, que trabalhava para a empreiteira Odebrecht, informou à força-tarefa da Lava-Jato nesta quarta-feira que os servidores do sistema de controle de pagamento de propinas da empresa ficavam hospedados na Suíça e funcionaram até o mês passado. Gornati criou logins e senhas para os funcionários do grupo acessarem o sistema, em 2008. Segundo ele, era nesse sistema interno que os funcionários da empreiteira trocavam informações sobre repasses de propinas.

Renan recua

O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou nesta terça-feira que o pedido de impeachment do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que foi protocolado na Casa não tem prazo para ser avaliado. Segundo Renan, a demora na tramitação do processo não é um tentativa de intimidar o chefe do Ministério Público Federal.

O feijão de Temer

Após pressão nas redes sociais, o presidente interino Michel Temer solicitou ao ministro Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que libere as importações do grão de outros países do Mercosul. O feijão já acumula alta de quase 40% no ano e subiu 16% de maio para junho, quando problemas climáticos afetaram a safra. O ministério estuda também trazer o alimento do México e da China para aumentar a oferta e estabilizar os preços.

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Novo presidente na Eletrobras?

O dia foi de alta também para as ações da Eletrobras. Os papéis ordinários subiram 12% e os preferenciais 6,8%. O presidente interino Michel Temer sancionou a lei que permite que as distribuidoras da Eletrobras tenham mais prazo para renovar suas concessões. O prazo passou de 30 para 210 dias. Além disso, uma notícia da Bloomberg afirma que o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, que deixa a companhia em julho, foi convidado pelo governo para a presidência da Eletrobras. Segundo a notícia ele estaria disposto a assumir a companhia.

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Cadê os gringos?

Os investimentos estrangeiros no Brasil caíram de 73 bilhões de dólares em 2014 para 64,6 bilhões no ano passado, uma queda de 11,5%. O resultado do país segue em direção contrária ao resultado mundial. Segundo o Relatório de Investimento Global, os investimentos estrangeiros em outros países cresceram 38% no ano passado, o  maior aumento nos investimentos desde a crise de 2008. Com isso, o Brasil caiu da 4ª para a 8ª posição dos países que mais recebem investimentos externos.

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Teto nos estados

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, afirmou nesta quarta-feira que a renegociação da dívida dos estados envolverá um teto limite, baseado na inflação do ano anterior. Meirelles afirmou que o princípio dessa proposta é o mesmo daquela criada no âmbito federal. “O acordo com os estados [é que] será limitado o gasto público nos estados pelo mesmo percentual acordado com a União”, disse o ministro. Apesar disso, não há vinculação entre as duas propostas, na medida que o orçamento da União depende da aprovação no Congresso e o teto dos estados tem um projeto de lei próprio.

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BB tranquilo

Um dos maiores credores da operadora de telefonia Oi, o Banco do Brasil diz estar tranquilo com a recuperação judicial da companhia. O porta-voz do sentimento do banco é Raul Moreira, vice-presidente de Negócios de Varejo. O débito da Oi com o Banco do Brasil é de 4,4 bilhões de reais. “Não há nada no mercado que nos preocupe. Estamos tranquilos. Temos políticas de provisões bastante conservadoras, acima das exigências regulatórias”, disse Moreira, que não deu detalhes sobre os provisionamentos do banco para a Oi.

Trump é melhor

Uma pesquisa feita pela agência de notícias Bloomberg entre mais de 900 investidores e pessoas ligadas ao mercado financeiro mostrou que o candidato republicano à presidência americana, Donald Trump, instiga mais confiança do que a rival Hillary Clinton. Dentre os entrevistados, 50% acreditam que uma vitória de Trump será melhor para seus negócios, enquanto apenas 33% avaliam Hillary dessa forma. As respostas foram similares tanto entre pequenos quanto grandes investidores. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

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