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Fica difícil segurar Joaquim Levy, diz professor da UFRJ

"A decisão da S&P enfraquece ainda mais a posição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy", afirma o José Oreiro

Professor José Oreiro sobre o ministro da Fazenda: A decisão da S&P enfraquece ainda mais a posição de Joaquim Levy" (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2015 às 08h15.

Curitiba - O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro José Oreiro acredita que a decisão da S&P de retirar o grau de investimento do país deve aprofundar ainda mais a recessão.

"Essa decisão eleva a pressão sobre os juros e, assim, o custo de oportunidade dos investimentos. Além disso, tem o efeito no câmbio, que no curto prazo é contracionista, porque muitas empresas têm divida em dólar e vão ter seus custos financeiros elevados", comentou em intervalo do XXI Congresso Brasileiro de Economia, promovido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), em Curitiba.

Ele também acredita que a decisão da S&P enfraquece ainda mais a posição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

"Dado que ele tinha sido escolhido para evitar a perda do grau de investimento, fica difícil segurá-lo. A oposição a ele dentro do PT é muito forte e, mais recentemente, setores empresariais, como a Fiesp, vêm pedindo a cabeça dele", afirmou.

Mesmo assim, Oreiro não vê relação direta entre a perda do grau e a possibilidade de a presidente não terminar o mandato. "É uma questão que não é só econômica, depende de haver uma alternativa viável para colocar no lugar de Dilma."

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"Essa decisão eleva a pressão sobre os juros e, assim, o custo de oportunidade dos investimentos. Além disso, tem o efeito no câmbio, que no curto prazo é contracionista, porque muitas empresas têm divida em dólar e vão ter seus custos financeiros elevados", comentou em intervalo do XXI Congresso Brasileiro de Economia, promovido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), em Curitiba.

Ele também acredita que a decisão da S&P enfraquece ainda mais a posição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

"Dado que ele tinha sido escolhido para evitar a perda do grau de investimento, fica difícil segurá-lo. A oposição a ele dentro do PT é muito forte e, mais recentemente, setores empresariais, como a Fiesp, vêm pedindo a cabeça dele", afirmou.

Mesmo assim, Oreiro não vê relação direta entre a perda do grau e a possibilidade de a presidente não terminar o mandato. "É uma questão que não é só econômica, depende de haver uma alternativa viável para colocar no lugar de Dilma."

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