Famílias da ocupação Copa do Povo prometem resistir
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto disse, em nota, que vai recorrer de decisão em favor da Viver Incorporadora “por considerá-la injusta e descriteriosa”
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2014 às 13h41.
São Paulo - As mais de 2,8 mil famílias sem-teto que ocupam, desde o último sábado (3), um terreno em Itaquera, zona leste paulistana, prometem resistir à ação de reintegração de posse determinada ontem (7) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
A liminar, concedida pelo juiz Celso Maziteli Neto, autoriza a expedição de um mandado de despejo, caso eles não deixem o local voluntariamente em 48 horas.
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) disse, por meio de nota, que vai recorrer da decisão em favor da Viver Incorporadora, “por considerá-la injusta e descriteriosa”.
Para o movimento, a medida desconsidera o fato de que a área está abandonada há anos e, portanto, não cumpre função social. O MTST promete não sair da área até que haja negociação para uma solução habitacional digna para as famílias.
Em caso de despejo forçado, o movimento promete resistir. “Não queremos outro massacre do Pinheirinho. Nem que a imagem da Copa do Mundo no Brasil seja definitivamente marcada por um conflito violento e massacre de trabalhadores sem-teto”, diz a nota.
A ocupação, que teve início na madrugada de sábado, foi batizada de Copa do Povo, porque fica a apenas 4 quilômetros do estádio do Corinthians, o Itaquerão , que vai sediar a abertura dos jogos. “Escolhemos esse terreno justamente para dialogar com esses contrastes da Copa do Mundo. Bilhões são gastos com o evento e do outro lado temos milhares de pessoas sem moradia”, explicou Josué Rocha, integrante do MTST.
Ele destaca que o evento fez com que o preço dos aluguéis duplicasse, aumentando ainda mais o déficit habitacional na região.
O prefeito Fernando Haddad disse, na última segunda-feira (5), que avalia a possibilidade de transformar o terreno em área de interesse social por meio do Plano Diretor, que ainda vai ser votado em segunda discussão na Câmara de Vereadores.
A assessoria do vereador Nabil Bonduki, relator do plano, informou que o atual zoneamento define a área como predominantemente industrial. Disse ainda que essa alteração é possível por meio de emenda, mas que é necessária uma análise técnica sobre a viabilidade de um projeto habitacional no local.
A Viver Incorporadora informou, por meio de nota, que o terreno em questão é de sua propriedade e que não existe inadimplência de impostos em relação a essa área.
São Paulo - As mais de 2,8 mil famílias sem-teto que ocupam, desde o último sábado (3), um terreno em Itaquera, zona leste paulistana, prometem resistir à ação de reintegração de posse determinada ontem (7) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
A liminar, concedida pelo juiz Celso Maziteli Neto, autoriza a expedição de um mandado de despejo, caso eles não deixem o local voluntariamente em 48 horas.
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) disse, por meio de nota, que vai recorrer da decisão em favor da Viver Incorporadora, “por considerá-la injusta e descriteriosa”.
Para o movimento, a medida desconsidera o fato de que a área está abandonada há anos e, portanto, não cumpre função social. O MTST promete não sair da área até que haja negociação para uma solução habitacional digna para as famílias.
Em caso de despejo forçado, o movimento promete resistir. “Não queremos outro massacre do Pinheirinho. Nem que a imagem da Copa do Mundo no Brasil seja definitivamente marcada por um conflito violento e massacre de trabalhadores sem-teto”, diz a nota.
A ocupação, que teve início na madrugada de sábado, foi batizada de Copa do Povo, porque fica a apenas 4 quilômetros do estádio do Corinthians, o Itaquerão , que vai sediar a abertura dos jogos. “Escolhemos esse terreno justamente para dialogar com esses contrastes da Copa do Mundo. Bilhões são gastos com o evento e do outro lado temos milhares de pessoas sem moradia”, explicou Josué Rocha, integrante do MTST.
Ele destaca que o evento fez com que o preço dos aluguéis duplicasse, aumentando ainda mais o déficit habitacional na região.
O prefeito Fernando Haddad disse, na última segunda-feira (5), que avalia a possibilidade de transformar o terreno em área de interesse social por meio do Plano Diretor, que ainda vai ser votado em segunda discussão na Câmara de Vereadores.
A assessoria do vereador Nabil Bonduki, relator do plano, informou que o atual zoneamento define a área como predominantemente industrial. Disse ainda que essa alteração é possível por meio de emenda, mas que é necessária uma análise técnica sobre a viabilidade de um projeto habitacional no local.
A Viver Incorporadora informou, por meio de nota, que o terreno em questão é de sua propriedade e que não existe inadimplência de impostos em relação a essa área.