Faltam pelo menos 40 votos para aprovar a reforma da Previdência
ÀS SETE - São necessários 308 deputados favoráveis em dois turnos para que a PEC seja aprovada na Câmara dos Deputados
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 06h40.
Última atualização em 6 de dezembro de 2017 às 07h18.
Assim como aconteceu no domingo, o presidente Michel Temer convocou para esta quarta-feira nova reunião para contar as migalhas da reforma da Previdência .
A previsão era de que o texto suavizado da proposta de emenda à Constituição que altera as regras da aposentadoria fosse ao Plenário, mas não houve consenso na base aliada que desse mínimo de votos esperado pelo governo.
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São necessários 308 deputados favoráveis em dois turnos para que a PEC seja aprovada na Câmara dos Deputados. O governo quer 320 como margem de segurança, mas hoje tem 280, segundo suas próprias contas.
Nas reuniões de hoje, haverá um novo cálculo, ainda que nada indique que o panorama tenha melhorado – exceto pelas declarações dos próprios ministros palacianos.
“Cresceu muito a probabilidade de a gente aprovar. Nós estamos avaliando, é claro que não se tem facilidade, mas cresceu muito”, disse Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil. “Se os sete partidos [da base] fecharem questão, seguramente nós teremos do PSDB uma posição também favorável”.
O governador paulista Geraldo Alckmin embarcou no discurso, dizendo que seu apoio é integral à reforma da Previdência, sugerindo discretamente que defende fechamento de questão pelo PSDB. Pesa contra a entrevista de Henrique Meirelles ao jornal Folha de S. Paulo, que disse que o PSDB não apoia integralmente as políticas econômicas do governo.
O ministro da Fazenda chamuscou o tucanato e provocou reações, inclusive do líder da bancada, Ricardo Tripoli (SP). “É um desrespeito dele com a bancada federal, que ajudou tanto o governo até agora”, disse o deputado.
Pesquisa da consultoria política Arko Advice com 218 deputados federais, de 24 partidos, mostra que 57,8% não acreditam que a reforma da Previdência saia na gestão do presidente Michel Temer.
A Arko fez a mesma pesquisa em outubro e a descrença era de 78,7%. No geral, a consultoria vê 45% de chances de que a reforma seja aprovada antes de 2019. Faltam 17 dias para o início do recesso parlamentar.