Brasil

Fabricação nacional de vacina será possível neste semestre, diz Pazuello

Transferência de tecnologia à Fiocruz permitirá a produção do IFA, componente responsável pela efetividade da vacina

Eduardo Pazuello, ministro da Saúde. (Andre Borges/NurPhoto/Getty Images)

Eduardo Pazuello, ministro da Saúde. (Andre Borges/NurPhoto/Getty Images)

AA

Alessandra Azevedo

Publicado em 10 de março de 2021 às 17h57.

Última atualização em 10 de março de 2021 às 21h26.

O Brasil deve ter toda a tecnologia necessária para fabricar vacinas contra a covid-19 ainda no primeiro semestre de 2021, anunciou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A declaração foi feita em cerimônia no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, 10, quando o presidente Jair Bolsonaro sancionou medidas que facilitam a compra de imunizantes.

"A notícia boa também é que, dentro da encomenda tecnológica pela Fiocruz, da AstraZeneca, a produção dos insumos farmacológicos, os IFA, já acontecerá ao final do primeiro semestre, garantindo, assim, que nós possamos ter a fabricação da vacina 100% nacional, inclusive com o IFA", disse Pazuello. 

Atualmente, o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) das vacinas aplicadas no Brasil tem sido importado e diluído nas doses distribuídas. A transferência de tecnologia permitirá que a Fiocruz produza o componente, responsável pela efetividade da vacina.

O ministro ressaltou a importância de "compreender a necessidade da produção nacional". Sem a produção da Fiocruz e do Butantan, por enquanto com IFA importado, "nós hoje praticamente não teríamos vacinado ninguém", afirmou Pazuello. "Essa é a realidade. E nós temos que investir cada vez mais nesse caminho", acrescentou.

No evento, Bolsonaro também ressaltou a importância da fabricação nacional. "O Brasil é um dos poucos países do mundo que têm capacidade de fabricar vacinas, e nós queremos fazer isso, para que venhamos a atender também nossos irmãos da América do Sul", afirmou. Segundo ele, só será possível evitar novas infecções "se nossos vizinhos também tiverem sido vacinados".

O presidente pontuou que o governo federal já entregou vacinas para 100% dos idosos acima de 85 anos. E, segundo ele, até o final do ano serão 400 milhões de doses disponíveis. "Temos adquiridas mais de 270 milhões de doses, a maioria para o primeiro semestre de 2021. Já distribuímos 17 milhões de doses. Já temos vacinadas no Brasil mais de 10 milhões de pessoas. Equivale a uma população maior do que a do Estado de Israel", apontou.

 

 

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusFiocruzGoverno BolsonaroMinistério da SaúdePandemiavacina contra coronavírus

Mais de Brasil

PT pede cassação de chapa do PL que elegeu Jair Renan Bolsonaro por suposta fraude na cota de gênero

Instituto Butantan pede registro de vacina contra dengue à Anvisa

Como dar entrada no seguro-desemprego? Veja o passo a passo