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Ex-presidente Lula toma segunda dose da Coronavac

O ex-presidente havia se vacinado com a primeira dose em 13 de março, e publicou a nova etapa da vacinação em seu perfil no Twitter

Lula ao tomar primeira dose da vacina, em 13 de março: aos 75 anos, ex-presidente está no grupo que teve vacinação liberada (Agência/Reuters)

Lula ao tomar primeira dose da vacina, em 13 de março: aos 75 anos, ex-presidente está no grupo que teve vacinação liberada (Agência/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2021 às 10h21.

Última atualização em 3 de abril de 2021 às 10h59.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou neste sábado, 3, a segunda dose da vacina contra a covid-19. O vídeo da vacinação foi publicado pela equipe do ex-presidente em seu perfil no Twitter, ao lado da hashtag #VacinaParaTodosJá.

Lula tomou a segunda dose da Coronavac, vacina feita pela chinesa Sinovac e produzida no Instituto Butantan. No momento, a Coronavac responde por quase nove entre dez doses contra o coronavírus aplicadas no Brasil.

Aos 75 anos, o ex-presidente está no grupo que já teve a vacinação liberada. Vacinado em São Bernardo do Campo (SP), Lula havia tomado a primeira dose da Coronavac em 13 de março.

Na ocasião, o ex-presidente publicou um vídeo mostrando seu cartão de vacinação, onde foi possível ver que havia sido vacinado com a Coronavac. No vídeo deste sábado, também é possível ouvir a enfermeira afirmando ao ex-presidente que ele receberia a vacina feita no Butantan.

Após a vacinação, Lula gravou um vídeo ao lado do ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), dizendo que é preciso que os vacinados continuem tomando medidas de precaução.

"Não é porque eu tomei a vacina que eu posso relaxar. Quem tomou a segunda dose tem que continuar utilizando máscara, tem que continuar lavando as mãos com álcool em gel, tem que continuar evitando aglomeração", disse.

"Eu queria dizer que a vacina é muito importante, mas tão importante quanto a vacina é a responsabilidade que cada homem e cada mulher neste país tem que ter ao se cuidar. Ao se cuidar você estará cuidando da sua família, do seu pai, da sua mãe, do seu neto, dos seus amigos."

Na fala ao lado de Padilha, Lula disse também que os países mais ricos e as empresas detentoras das vacinas precisam garantir que os imunizantes cheguem a todos os países. "É preciso humanizar essa vacina. A vacina não pode ser um bem de uma empresa, de um laboratório", disse.

Lula não citou diretamente se defende uma eventual quebra de patente. O debate ganhou força em meio à demora na distribuição de vacinas globalmente. Durante os governos de Lula e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o Brasil liderou debates internacionais de flexibilização de patentes que levaram a produção massiva de genéricos e remédios mais baratos no país.

Lula disse que só três países detêm metade das vacinas do mundo. "E o restante da humanidade, como é que vai ficar?", disse.

Na fala, de menos de 10 minutos, o ex-presidente afirmou também que é preciso "cobrar o governo brasileiro" para que haja mais vacinas e se solidarizou com os que perderam familiares pelo coronavírus.

"Eu sou muito agradecido de ter tomado a minha vacina. E quero aproveitar para expressar minha solidariedade a todos as pessoas que perderam um parente com covid, e a todo ser humano que perdeu um parente com covid, a todas aquelas pessoas da saúde que se matam de trabalhar 24 horas por dia para tentar salvar o povo brasileiro", disse.

A primeira dose do ex-presidente havia sido recebida também dias após Lula fazer longo discurso, de quase duas horas, em que criticou a gestão do presidente Jair Bolsonaro na pandemia e seu posicionamento de desconfiança sobre a vacinação.

"Vou tomar minha vacina, não importa de que país", disse na ocasião.

O Brasil chegou nesta sexta-feira a quase 19 milhões de doses de vacinas aplicadas, o equivalente a quase 9% da população.

O país vive alta forte de novos casos e mortes por covid-19 nas últimas semanas, levando a falta de leitos nos hospitais. A média móvel de mortes superou os 3.000 óbitos nesta sexta-feira, 2, pelo segundo dia seguido, mesmo em meio ao feriado de Páscoa. Em comparação aos últimos 14 dias, a alta foi de mais de 30%. Ontem, foram registrados 2.807 mortes, segundo o consórcio de imprensa.

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