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Ex-gerente diz que recebeu US$ 1 mi em propina da Odebrecht

O delator afirmou aos investigadores da Lava Jato que conseguiu "identificar o recebimento de US$ 1 milhão depositados pela Odebrecht" em conta na Suíça

Odebrecht: empreiteira rechaçou ter feito pagamento de propinas para "qualquer executivo ou ex-executivo da Petrobras" (Divulgação/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 17h01.

São Paulo e Curitiba - O ex-gerente de Engenharia da Petrobras afirmou ter recebido US$ 1 milhão em propina da Construtora Norberto Odebrecht - novo foco da Lava Jato no cartel de empreiteiras que atuaria na Petrobras - e identificou a conta da offshore Pexo Corporation, aberta em 2008 por ele na Suíça, onde o valor teria sido depositado.

O delator afirmou aos investigadores da Lava Jato que conseguiu "identificar o recebimento de US$ 1 milhão depositados pela Odebrecht" nesta conta - uma das cerca de 20 que ele apresentou como prova das propinas em suas delações.

Segundo Barusco - homem de confiança do então diretor de Serviços Renato Duque -, o executivo da construtora Rogério dos Santos Araújo era um "operador" do pagamento de propinas para agentes públicos da Petrobras em contratos de construção de sondas por estaleiros contratados pela Setebrasil.

A Odebrecht é parte do consórcio formado com as construtoras OAS, UTC e Kawasaki, para construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), na Bahia, que foi contratada para entreguar 6 das 22 sondas contratadas por um valor que ele estima em US$ 22 bilhões, ao todo.

"Cada estaleiro tinha um representante ou operador que operacionalizava o pagamento das propinas", afirmou Barusco. "No Estaleiro Enseada do Paraguaçú era Rogério Araújo, que representava a Odebrecht."

Essa combinação de propina teria envolvido o tesoureiro do PT "João Vaccari Neto", o próprio delator e "agentes de cada um dos estaleiros".

"Estaleceu-se que sobre o valor de cada contrato firmado entre a Setebrasil e os Estaleiros, deveria ser distribuído o percentual de 1%, posteriormente reduzido para 0,9%".

Barusco disse que a divisão da propina era feita da seguinte forma: "2/3 para João Vaccari e 1/3 para a ‘'Casa 1' e '‘Casa 2'".

O ex-gerente explicou que a terminologia "Casa 1" era referente aos valores de propina para agentes da Petrobras.

"Especificamente para o Diretor de Serviços Renato Duque e Roberto Gonçalves (que sucedeu Barusco na gerência de Engenharia)."

Já o termo "Casa 2" era referente aos pagamentos de propina para executivos da Setebrasil, em especial o presidente João Carlos de Medeiros Ferraz e o diretor de Participações Eduardo Musa.

Rogério Araújo, executivo da Odebrecht, já havia sido apontado pelo primeiro delator da Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, como responsável pela abertura e pagamento de propina para ele no valor de US$ 23 milhões.

Em nota, a empreiteira rechaçou categoricamente ter realizado pagamento de propinas para "qualquer executivo ou ex-executivo da Petrobras".

"A Odebrecht nega veementemente as alegações caluniosas feitas pelo réu confesso. Nega em especial ter feito qualquer pagamento a qualquer executivo ou ex-executivo da Petrobras. A empresa não participa e nunca participou de nenhum tipo de cartel e reafirma que todos os contratos que mantém, há décadas, com a estatal, foram obtidos por meio de processos de seleção e concorrência que seguiram a legislação vigente."

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São Paulo e Curitiba - O ex-gerente de Engenharia da Petrobras afirmou ter recebido US$ 1 milhão em propina da Construtora Norberto Odebrecht - novo foco da Lava Jato no cartel de empreiteiras que atuaria na Petrobras - e identificou a conta da offshore Pexo Corporation, aberta em 2008 por ele na Suíça, onde o valor teria sido depositado.

O delator afirmou aos investigadores da Lava Jato que conseguiu "identificar o recebimento de US$ 1 milhão depositados pela Odebrecht" nesta conta - uma das cerca de 20 que ele apresentou como prova das propinas em suas delações.

Segundo Barusco - homem de confiança do então diretor de Serviços Renato Duque -, o executivo da construtora Rogério dos Santos Araújo era um "operador" do pagamento de propinas para agentes públicos da Petrobras em contratos de construção de sondas por estaleiros contratados pela Setebrasil.

A Odebrecht é parte do consórcio formado com as construtoras OAS, UTC e Kawasaki, para construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), na Bahia, que foi contratada para entreguar 6 das 22 sondas contratadas por um valor que ele estima em US$ 22 bilhões, ao todo.

"Cada estaleiro tinha um representante ou operador que operacionalizava o pagamento das propinas", afirmou Barusco. "No Estaleiro Enseada do Paraguaçú era Rogério Araújo, que representava a Odebrecht."

Essa combinação de propina teria envolvido o tesoureiro do PT "João Vaccari Neto", o próprio delator e "agentes de cada um dos estaleiros".

"Estaleceu-se que sobre o valor de cada contrato firmado entre a Setebrasil e os Estaleiros, deveria ser distribuído o percentual de 1%, posteriormente reduzido para 0,9%".

Barusco disse que a divisão da propina era feita da seguinte forma: "2/3 para João Vaccari e 1/3 para a ‘'Casa 1' e '‘Casa 2'".

O ex-gerente explicou que a terminologia "Casa 1" era referente aos valores de propina para agentes da Petrobras.

"Especificamente para o Diretor de Serviços Renato Duque e Roberto Gonçalves (que sucedeu Barusco na gerência de Engenharia)."

Já o termo "Casa 2" era referente aos pagamentos de propina para executivos da Setebrasil, em especial o presidente João Carlos de Medeiros Ferraz e o diretor de Participações Eduardo Musa.

Rogério Araújo, executivo da Odebrecht, já havia sido apontado pelo primeiro delator da Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, como responsável pela abertura e pagamento de propina para ele no valor de US$ 23 milhões.

Em nota, a empreiteira rechaçou categoricamente ter realizado pagamento de propinas para "qualquer executivo ou ex-executivo da Petrobras".

"A Odebrecht nega veementemente as alegações caluniosas feitas pelo réu confesso. Nega em especial ter feito qualquer pagamento a qualquer executivo ou ex-executivo da Petrobras. A empresa não participa e nunca participou de nenhum tipo de cartel e reafirma que todos os contratos que mantém, há décadas, com a estatal, foram obtidos por meio de processos de seleção e concorrência que seguiram a legislação vigente."

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