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Ex-BC, Ilan Goldfajn é eleito presidente do BID

Economista será o primeiro brasileiro a presidir o banco de desenvolvimento da América Latina

Ilan Goldfajn: Ex-presidente do BC irá presidir o BID (Germano Lüders/Exame)
Drc

Da redação, com agências

Publicado em 20 de novembro de 2022 às 12h45.

Última atualização em 20 de novembro de 2022 às 12h52.

Ilan Goldfajn foi escolhido para se tornar o próximo chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), importante instituição financeira para a região da América Latina. Goldfajn será o primeiro brasileiro a presidir o BID.

Goldfajn, atual diretor do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional, foi eleito durante em reunião deste domingo, 20, com ministros das Finanças e outras autoridades dos países membros, com a maioria participando virtualmente de capitais das Américas, segundo fontes da Bloomberg.

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A eleição ocorreu depois que a Argentina retirou seu próprio candidato para apoiar Goldfajn, de acordo com as fontes. Uma autoridade argentina disse que o governo do país fez um acordo para ter argentinos em vários cargos de alto escalão no banco, incluindo um de seus vice-presidentes, e negociou com os EUA, Canadá, Brasil e Argentina para dar a Goldfajn a maioria.

O vencedor precisava da maioria das ações com direito a voto do BID e do apoio de mais da metade de um grupo de 28 nações que inclui os tomadores de empréstimos regionais do banco, mais os Estados Unidos e o Canadá.

O apoio do governo Biden foi fundamental, com os EUA controlando 30% das ações com direito a voto do banco, quase o triplo do valor do segundo colocado Brasil e Argentina. Os cinco candidatos foram entrevistados para o cargo com representantes dos governos membros do BID, fazendo apresentações e respondendo a perguntas, há uma semana.

A candidatura de Goldfajn,apoiada pelo atual governo do presidente Jair Bolsonaro, chegou a sofrer resitência por parte da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, com pedido de adiamento das eleieções.

O BID é um credor importante na região para países que tomaram empréstimos de mais de US$ 23 bilhões no ano passado. A eleição ocorreu após uma era turbulenta para o banco, com as nações removendo em setembro o presidente Mauricio Claver-Carine.

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