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Eurasia diminui probabilidade de vitória de Lula de 65% para 60%

O agregador de pesquisas da Eurasia mostra uma diminuição da vantagem média de Lula sobre Bolsonaro, de 4,2 pontos

A consultoria destaca a redução da vantagem do petista nas pesquisas e o melhor desempenho da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) como vetores da revisão (Renato Pizzutto/Band/Divulgação)

A consultoria destaca a redução da vantagem do petista nas pesquisas e o melhor desempenho da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) como vetores da revisão (Renato Pizzutto/Band/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de outubro de 2022 às 15h49.

Última atualização em 24 de outubro de 2022 às 16h18.

A Eurasia Group diminuiu a probabilidade de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições brasileiras, de 65% para 60%. A consultoria destaca a redução da vantagem do petista nas pesquisas e o melhor desempenho da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) como vetores da revisão.

O agregador de pesquisas da Eurasia mostra uma diminuição da vantagem média de Lula sobre Bolsonaro, de 4,2 pontos duas semanas atrás para 3,5 pontos na semana passada. Ao mesmo tempo, a taxa de aprovação ao governo Bolsonaro está, em média, próxima a 44% agora, de um nível em torno de 40% ao longo do primeiro turno.

Para a consultoria, esse quadro é resultado de uma melhora da economia doméstica, mas também de uma campanha mais eficiente de Bolsonaro, que conseguiu atacar as fraquezas de Lula em temas de corrupção e segurança. A campanha do petista, em contrapartida, está gastando a maior parte do tempo se defendendo de ataques, notam.

"A decisão da Eurasia de reduzir as chances de Lula para 60% é, portanto, derivada da combinação de taxas de aprovação mais alta algum aperto na corrida e uma campanha mais efetiva, que capitaliza no sentimento de melhora", diz a consultoria, em relatório.

Vantagem

Apesar do cenário mais desafiador para Lula, o petista continua favorito para vencer as eleições, devido à vantagem nas pesquisas e à margem de frente conquistada por ele no primeiro turno. O ex-presidente também tem a vantagem de dominar o "principal assunto" da eleição — uma mistura de preocupações econômicas e sociais —, diz a consultoria.

"Bolsonaro está tentando usar a corrupção e a segurança para tentar diminuir a credibilidade de Lula nesses assunto. Mas, dado que Lula ficou apenas 1,4 ponto percentual abaixo do necessário para vencer no primeiro turno, Bolsonaro terá de convencer uma parcela considerável de eleitores que apoiaram Lula no primeiro turno a mudar seus votos. Isso não é fácil", nota a Eurasia.

Esta semana, a consultoria nota que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de dar a Lula parte das inserções de TV de Bolsonaro pode impulsionar a campanha petista. O ataque do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), aliado de Bolsonaro a agentes da Polícia Federal neste domingo, 23, não deve ter grande impacto, mas pode reduzir a capacidade do presidente de ganhar impulso na reta final.

O debate da Globo na sexta-feira pode ter impacto na campanha caso um dos candidatos tenha desempenho ruim, afirma a Eurasia.

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