Brasil

EUA pedem mais transparência e menos burocracia ao Brasil

O secretário de Comércio americano disse que legislação tributária brasileira atrapalha investimentos de empresas estrangeiras

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Gary Locke, participou de palestra no Brasil (U.S. Department of Commerce)

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Gary Locke, participou de palestra no Brasil (U.S. Department of Commerce)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 17h50.

São Paulo – O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Gary Locke, criticou hoje (21) a burocracia e a falta de transparência do ambiente de negócios brasileiro. Locke disse, em discurso para empresários, que esses dois problemas precisam ser superados para que Brasil e EUA consigam manter relações econômicas mais relevantes.

“Para colocarmos nossa relação em um outro nível e para o Brasil atrair mais investimentos de empresas americanas, esperamos que o governo brasileiro mantenha seus esforços para criar um ambiente de negócios com mais transparência e com um sistema regulatório consistente”, afirmou Locke, em palestra na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham).

Segundo ele, a complexidade de normas e da tributação no Brasil ainda são um obstáculo a empresas estrangeiras. Locke afirmou que essas empresas pagam impostos mais altos, levam mais tempo para obter licenças e têm dificuldades alfandegárias.

O representante do governo Obama disse ainda que as empresas estrangeiras também não estão convencidas sobre a posição do governo brasileiro em relação à proteção da propriedade intelectual. Isso desencoraja investimentos em inovação no Brasil.

Locke disse, entretanto, que a solução desses problemas está avançando. Da mesma forma, estão caminhando as negociações sobre o fim dos subsídios agrícolas americanos e as parcerias entre Brasil e EUA em projetos de energia renovável e infraestrutura.

De acordo com Locke, os americanos podem, e querem, colaborar com o Brasil em seu desenvolvimento e na preparação para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, "com mais investimento, mais empregos e maior desenvolvimento para os dois países”.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBurocraciaComércioComércio exteriorDados de BrasilEstados Unidos (EUA)ImpostosLeãoPaíses ricos

Mais de Brasil

Correios não recebem mais roupas para o RS; saiba quais produtos podem ser doados

AGU cobra de Dilma dívida de multa por propaganda eleitoral irregular

TSE define regras para julgar fraude à cota de gênero; saiba quais são

O que é um tributo e por que devemos pagá-lo? 

Mais na Exame