Estudantes da USP pedem cotas, creches e moradia
Estudantes mantêm ocupado um galpão para reivindicar que a USP adote cotas para negros e indígenas, aumente o número de moradias estudantis, e creches
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2016 às 16h18.
Estudantes da Universidade de São Paulo ( USP ) mantêm ocupado, desde a noite de ontem (16), um galpão na Cidade Universitária usado como depósito pela instituição.
Os alunos reivindicam que a USP adote cotas para negros e indígenas, aumente o número de moradias estudantis, e creches.
A ocupação do depósito teve início, na noite passada, após ação em que a Polícia Militar (PM) lançou bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral nos prédios e corredores do Conjunto Residencial da USP (Crusp), onde moram centenas de alunos.
Em assembleia na noite de quinta-feira no Crusp, os estudantes decidiram pela ocupação dos prédios dos blocos K e L, atualmente usados pelo setor administrativo da reitoria, mas que, no passado, serviam de moradia para os alunos.
Eles tentaram arrombar a porta do edifício que dá acesso aos blocos, mas não conseguiram. Em seguida, começaram a atirar pedras para quebrá-la.
A PM chegou ao local e dispersou os estudantes das proximidades do bloco K e L. Apesar de já ter coibido a ocupação dos prédios, a polícia continuou a atacar com bombas e gás os alunos que se refugiaram no Crusp.
De acordo com os estudantes, os policiais entraram nos edifícios de moradia estudantil e jogaram bombas e gás inclusive nos corredores e janelas dos apartamentos. Segundo os alunos, os prédios dos blocos F, G, E e D foram atingidos.
“Nunca tinha presenciado nada igual aqui no Crusp. Já vi ação da PM aqui dentro, mas, nessa intensidade, não. A fumaça do gás chegou até os primeiros blocos, onde as alunas que são mães vivem com as crianças”, disse uma estudante do curso de Letras, que mora há dois anos no bloco F do Crusp. Os alunos não permitiram que seus nomes fossem publicados, temendo represália.
De acordo com a Polícia Militar, ao tentar ocupar o prédio administrativo, os alunos danificaram um carro da Guarda Universitária e lançaram pedras contra os policiais militares.
“Estudantes tentaram invadir, por volta das 22h de quinta-feira (16), a administração central da Universidade de São Paulo. Eles danificaram um veículo utilizado pela guarda universitária e lançaram pedras contra os policiais militares, que utilizaram bombas de efeito moral”, disse a Secretaria de Segurança Pública, em nota.
Segundo a secretaria, quatro estudantes foram detidos para averiguação e levados até o 91º Distrito Policial, onde foi registrado um boletim de dano qualificado e esbulho possessório. Todos já foram liberados.
Procurada, a Universidade de São Paulo ainda não se manifestou.
Estudantes da Universidade de São Paulo ( USP ) mantêm ocupado, desde a noite de ontem (16), um galpão na Cidade Universitária usado como depósito pela instituição.
Os alunos reivindicam que a USP adote cotas para negros e indígenas, aumente o número de moradias estudantis, e creches.
A ocupação do depósito teve início, na noite passada, após ação em que a Polícia Militar (PM) lançou bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral nos prédios e corredores do Conjunto Residencial da USP (Crusp), onde moram centenas de alunos.
Em assembleia na noite de quinta-feira no Crusp, os estudantes decidiram pela ocupação dos prédios dos blocos K e L, atualmente usados pelo setor administrativo da reitoria, mas que, no passado, serviam de moradia para os alunos.
Eles tentaram arrombar a porta do edifício que dá acesso aos blocos, mas não conseguiram. Em seguida, começaram a atirar pedras para quebrá-la.
A PM chegou ao local e dispersou os estudantes das proximidades do bloco K e L. Apesar de já ter coibido a ocupação dos prédios, a polícia continuou a atacar com bombas e gás os alunos que se refugiaram no Crusp.
De acordo com os estudantes, os policiais entraram nos edifícios de moradia estudantil e jogaram bombas e gás inclusive nos corredores e janelas dos apartamentos. Segundo os alunos, os prédios dos blocos F, G, E e D foram atingidos.
“Nunca tinha presenciado nada igual aqui no Crusp. Já vi ação da PM aqui dentro, mas, nessa intensidade, não. A fumaça do gás chegou até os primeiros blocos, onde as alunas que são mães vivem com as crianças”, disse uma estudante do curso de Letras, que mora há dois anos no bloco F do Crusp. Os alunos não permitiram que seus nomes fossem publicados, temendo represália.
De acordo com a Polícia Militar, ao tentar ocupar o prédio administrativo, os alunos danificaram um carro da Guarda Universitária e lançaram pedras contra os policiais militares.
“Estudantes tentaram invadir, por volta das 22h de quinta-feira (16), a administração central da Universidade de São Paulo. Eles danificaram um veículo utilizado pela guarda universitária e lançaram pedras contra os policiais militares, que utilizaram bombas de efeito moral”, disse a Secretaria de Segurança Pública, em nota.
Segundo a secretaria, quatro estudantes foram detidos para averiguação e levados até o 91º Distrito Policial, onde foi registrado um boletim de dano qualificado e esbulho possessório. Todos já foram liberados.
Procurada, a Universidade de São Paulo ainda não se manifestou.