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Estímulo à defesa puxa desenvolvimento tecnológico

Amorim vê com bons olhos a cooperação com outros países, desde que o objetivo seja proporcionar ao Brasil “um salto" em \alguns setores


	Celso Amorim: ministro não descarta parcerias, apoio ou cooperação com outros países para que as empresas brasileiras ganhem tempo no desenvolvimento de tecnologia de ponta
 (Getty Images)

Celso Amorim: ministro não descarta parcerias, apoio ou cooperação com outros países para que as empresas brasileiras ganhem tempo no desenvolvimento de tecnologia de ponta (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 17h23.

Brasília – O ministro da Defesa, Celso Amorim, aproveitou a visita que fez hoje (4) a uma exposição de produtos da indústria da defesa brasileira para reiterar a decisão estratégica do governo de criar e fortalecer empresas nacionais para atuarem no setor.

Amorim, no entanto, vê com bons olhos a cooperação com outros países, desde que o objetivo seja proporcionar ao Brasil “um salto" em setores nos quais o país levaria muito tempo para atuar sozinho.

“Um aspecto muito importante é que a indústria da defesa, no mundo inteiro, puxa o desenvolvimento tecnológico. Por ser ligada à segurança nacional, está fora das normas da OMC [Organização Mundial do Comércio], o que nos permite privilegiar a indústria brasileira.

Temos instrumentos legais que nos permitem fazer isso”, disse o ministro, em visita à 2ª Mostra BID Brasil, na Base Aérea de Brasília.

Amorim referia-se ao Programa Brasil Maior, voltado para outras indústrias, além da de defesa, e à lei que criou a Empresa Estratégica de Defesa e o Produto de Defesa.

“Essa lei foi regulamentada, e acredito que deve resultar, no prazo máximo de um mês e meio, no registro das primeiras empresas brasileiras. Elas terão vantagem tanto na área da licitação quanto na parte tributária, que necessita ainda de regulamentação", ressaltou o ministro. Amorim lembrou que isso é importante para garantir competitividade para a indústria nacional. "Um trabalho conjunto, que requer dedicação, imaginação e esforço dos nosso empresários, mas que precisa também do apoio do governo, seja como comprador, com regularidade, seja como incentivador de medidas.”

O ministro não descarta parcerias, apoio ou cooperação com outros países para que as empresas brasileiras ganhem tempo no desenvolvimento de tecnologia de ponta. “Não rejeitamos a cooperação internacional.


Ao contrário, temos muito interesse, desde que sirva para duas coisas: primeiro, para dar salto em setores que levaríamos muto tempo para atuar sozinhos.

Em segundo, desde que [a cooperação] seja dada de maneira que não percamos autonomia sobre a essência da nossa defesa. Não seremos dependentes, nem vulneráveis. Isso é essencial.”

Celso Amorim destacou ainda que a atuação frequente do Brasil em operações de paz e disse que isso também exige uma capacidade de tecnologia adequada, principalmente em termos de comunicação e de equipamento pessoal.

A 2ª Mostra BID Brasil é uma exposição de produtos da indústria da defesa brasileira e tem o objetivo de incrementar as exportações e fortalecer o mercado interno. Neste ano, o foco principal é alimentação e rastreabilidade.

A mostra fica aberta para o público até amanhã (5), na Base Aérea de Brasília, e reúne cerca de 70 empresas, entre as quais a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), a Avibras Indústria Aeroespacial, a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel)e a Força Delta Equipamentos Militares.

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