Lula: o ex-presidente responsabilizou ainda o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pela alta nos preços dos combustíveis (NELSON ALMEIDA/AFP/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de junho de 2022 às 15h35.
Última atualização em 29 de junho de 2022 às 16h04.
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer nesta quarta-feira, 29, ser contrário à privatização de empresas públicas e favorável à criação de empresas de economia mista, como Banco do Brasil e Petrobras. "Essa história de privatizar é coisa de incompetência. 'Eu não sei governar, eu não sei como fazer a economia crescer, eu vou vender o que tenho e vou ter dinheiro para gastar. Daqui a pouco eu não tenho o dinheiro e nem as empresas'", criticou durante entrevista à Rádio Educadora de Piracicaba.
Lula afirmou que foi criado no Brasil o dogma de que "tudo que é do Estado não presta e tudo que é privado é bom". "Eu sou contra as privatizações daquilo que é essencial ao Estado brasileiro. O Banco do Brasil é essencial ao Estado brasileiro, a Caixa Econômica é essencial ao Estado Brasileiro. O BNDES tem de ser estatal. A Petrobras tem de ser uma empresa pública de economia mista para este País poder crescer, é assim no mundo desenvolvido", afirmou o ex-presidente da República.
O texto com as diretrizes do programa de governo do petista, divulgado na semana passada, manteve posição contrária à privatização da Petrobras, Eletrobras, já realizada, e dos Correios.
Lula responsabilizou ainda o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pela alta nos preços dos combustíveis e voltou a dizer que o chefe do Executivo deveria intervir na Petrobras. "O presidente da Petrobras não pode mais que o presidente do País", defendeu Lula.
O ex-presidente da República evitou comentar o caso do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposto crime de assédio sexual contra funcionárias da instituição. "Eu não sou procurador e não sou policial", disse Lula.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Guimarães pode deixar a presidência da empresa e ser substituído pela secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques.
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