O médico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Claudio Birolini, afirmou nesta quarta-feira, 24, que a equipe médica ainda avalia a realização de um procedimento específico para tentar interromper as crises de soluços persistentes apresentadas pelo ex-mandatário. A decisão, no entanto, só será tomada após nova reavaliação clínica durante o período de internação.
Segundo Birolini, a cirurgia de hérnia inguinal bilateral, marcada para quinta-feira, 25, não tem qualquer efeito sobre o quadro de soluços.
Procedimentos distintos
“O procedimento da hérnia não vai atuar nas crises de soluço. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, afirmou o médico a jornalistas.
De acordo com Birolini, a alternativa em análise é um bloqueio anestésico do nervo frênico, responsável por estimular o diafragma, músculo essencial para a respiração. O bloqueio busca interromper estímulos neurológicos anormais que causam contrações involuntárias.
Bloqueio não é padrão
O médico destacou que o procedimento é não cirúrgico e considerado relativamente seguro, mas ressaltou que não é o tratamento padrão para casos de soluço persistente.
Segundo ele, a decisão definitiva sobre a realização do bloqueio só será tomada após a cirurgia de hérnia e nova avaliação do quadro clínico.
“Não serão feitos simultaneamente. Se levarmos adiante esse procedimento de bloqueio anestésico, ele deve ser realizado possivelmente no início da próxima semana”, explicou Birolini.
Internação e histórico médico
Bolsonaro, de 70 anos, foi internado na manhã desta quarta-feira no Hospital DF Star, em Brasília. Ele cumpre prisão desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal, após condenação pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.
A cirurgia prevista para esta semana será a oitava intervenção à qual o ex-presidente é submetido desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018.