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Entidades condenam prisão de jornalista em reintegração

Repórter de O Globo registrava imagens da ação da PM no terreno que ficou conhecido como Favela da Telerj quando foi imobilizado com uma chave de braço


	Desintegração de prédio da Oi: de acordo com a Abraji, ao prender Bruno Amorim e ameaçar com prisão outros repórteres, a Polícia Militar do Rio presta um desserviço ao direito à informação
 (Vladimir Platonow/Agência Brasil)

Desintegração de prédio da Oi: de acordo com a Abraji, ao prender Bruno Amorim e ameaçar com prisão outros repórteres, a Polícia Militar do Rio presta um desserviço ao direito à informação (Vladimir Platonow/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 13h40.

Rio de Janeiro - A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) condenaram a prisão do repórter Bruno Amorim, de O Globo, durante cobertura de reintegração de posse no terreno da Oi, na zona norte do Rio, e pediram apuração do caso pelas autoridades.

O jornalista registrava imagens da ação da Polícia Militar no terreno que ficou conhecido como Favela da Telerj quando foi imobilizado com uma chave de braço e teve os óculos arrancados por um policial sem identificação. Levado a uma delegacia, teve o celular apreendido por mais de uma hora.

A polícia do Rio de Janeiro já havia ameaçado jornalistas no começo da reintegração de posse, no fim da madrugada de hoje (11). O repórter Leonardo Barros, também de O Globo, foi ameaçado com voz de prisão caso não “corresse” dali. De acordo com a Abraji, ao prender Bruno Amorim e ameaçar com prisão outros repórteres, a PM do Rio presta um desserviço ao direito à informação.

As entidades também condenaram a reação dos manifestantes que resistiam à desocupação e atacaram veículos da TV Globo, do SBT e da Record. Para a Abraji, ao depredar automóveis dos meios de comunicação, "os manifestantes se unem à polícia no ataque ao direito à informação de toda a sociedade". Na mesma linha, a Abert destacou que "é extremamente preocupante" o uso de métodos violentos empregados tanto pela Polícia Militar como por cidadãos civis, com o objetivo de impedir o trabalho jornalístico e privar a sociedade do acesso à informação.

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