Sarampo: país tem campanha de vacinação contra a doença (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de julho de 2019 às 20h41.
Última atualização em 17 de julho de 2019 às 20h42.
Considerada uma doença erradicada desde 2016, o sarampo voltou ao Brasil. Só em São Paulo, há 384 casos confirmados em 2019, segundo último balanço divulgado pela Secretaria de Saúde, na segunda-feira, 15.
Por causa do número, que corresponde a um crescimento de 86% em menos de 15 dias, a campanha de vacinação contra o vírus foi prorrogada até o dia 16 de agosto na capital e região metropolitana.
A vacina é gratuita e está disponível em postos de saúde e também em postos instalados em locais estratégicos durante toda a campanha. A versão tríplice viral estimula a produção de anticorpos contra sarampo, rubéola e caxumba. Já a tetra viral também afasta o risco de catapora.
De acordo com o professor de Saúde Pública e Imunologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Jan Carlo Delorenzi, é recomendado que crianças e adultos que não possuam a vacina registrada em suas cadernetas de vacinação, tomem a vacina contra sarampo o quanto antes.
"Estamos tendo uma ressurgência da doença justamente por causa da falta da vacinação. As pessoas achavam que por não existirem mais casos, que o vírus não existia. O único jeito de preveni-la é com a vacina", explica. O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, transmitida pela fala, tosse e espirro.
Delorenzi ressalta que, a partir do surgimento do primeiro sintoma, é preciso procurar atendimento médico imediatamente. O sarampo caracteriza-se por febre alta, tosse, coriza, o aparecimento de manchas vermelhas espalhadas pelo corpo e pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal.
Saiba detalhes sobre as regras de vacinação contra o sarampo
Todas as pessoas que não tenham se o registro da vacina contra o sarampo em suas carteiras de vacinação devem ser vacinadas. Há uma preocupação especial às crianças, que são o grupo de maior risco em adquirir a doença.
É recomendado que seja seguido o calendário orientado pelo Ministério da Saúde. O esquema vacinal contra o sarampo para crianças é de uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses (a tetra viral) de idade.
Quem não tomou a vacina quando criança, até os 29 anos, deve-se receber duas doses da tríplice ou tetra viral. Dos 30 aos 49 anos é recomendada uma dose única, da tríplice ou tetra viral.
Não devem ser vacinadas as pessoas que já estejam apresentando os sintomas da doença, gestantes, menores de 6 meses de idade e imunocomprometidos.
A vacina contra sarampo é distribuída gratuitamente em postos de saúde e nos postos distribuídos pela cidade durante as campanhas de vacinação. Mesmo com a doença erradicada, a vacina não deixa o programa de vacinação do Governo Federal.
Em São Paulo, a campanha de vacinação foi prorrogada para o dia 16 de agosto. Veja onde se vacinar na Grande São Paulo:
O esquema vacinal vigente é de duas doses de vacina com componente sarampo para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade sendo uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e uma doses da vacina tetra viral aos 15 meses de idade, até 29 anos o indivíduo deverá ter duas doses. Uma dose da vacina tríplice viral também está indicada para pessoas de 30 a 49 anos de idade.
Não há reação.
Não é preciso, uma vez que não há prazo de validade para a imunização. Jon Carlos Delorenzi, especialista da Mackenzie, ressalta, porém, que, como há um surto da doença, é recomendado que todos tomem a vacina, mesmo já tendo se vacinado. "A pessoa não vai ficar doente, porque já foi vacinada - mas pode pegar o vírus e acabar o passando adiante. É o que chamamos de ‘efeito rebanho’", explica.
Não há validade da vacina contra o sarampo.
Não. Quem já teve sarampo não precisa se vacinar novamente, uma vez que já possui os anticorpos para que a doença seja evitada.