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Energia, ônibus, água e ICMS começam ano com pressão

Em 2015, os três primeiros meses do ano também foram marcados por aumentos em administrados, reajustes que acabaram gerando pressões de custos para outros itens


	Conta de luz: reajustes em energia elétrica, ônibus, taxa de água e esgoto, ICMS (principal imposto estadual), entre outros, devem impactar a inflação já em janeiro
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Conta de luz: reajustes em energia elétrica, ônibus, taxa de água e esgoto, ICMS (principal imposto estadual), entre outros, devem impactar a inflação já em janeiro (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 12h47.

Rio - Após um ano marcado por aumentos em preços administrados pelo governo, o ano de 2016 começa com fortes pressões justamente nos monitorados.

Reajustes em energia elétrica, ônibus, taxa de água e esgoto, ICMS (principal imposto estadual), entre outros, devem impactar a inflação já em janeiro, listou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2015, os três primeiros meses do ano também foram marcados por aumentos em administrados, reajustes que acabaram gerando pressões de custos para outros itens.

Essa contaminação fez com que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminasse o ano com 160 de seus 373 itens com alta superior a 10%. No início de 2015, eram 91 itens.

A coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, prefere não dar certeza de que essa dinâmica se repetirá em 2016, diante dos novos reajustes em monitorados.

Tampouco, assegurou que os preços estarão livres dessa pressão.

"Janeiro vai concentrar alguns reajustes expressivos e de peso no orçamento das famílias. A depender do que vai acontecer daqui para frente, pode ser ou não que se distribua, que contamine outros meses", disse.

Em janeiro, a protagonista da inflação deve ser a tarifa de ônibus urbano. Já foram anunciados aumentos no Rio de Janeiro (11,76%, desde 2 de janeiro), Belo Horizonte (8,82% em 3 de janeiro), São Paulo (8,57% em 9 de janeiro) e Salvador (10,0% em 2 de janeiro). Todas são cidades têm peso dentro do IPCA, segundo o IBGE.

Os transportes, aliás, serão os campeões de aumentos no primeiro mês do ano. Isso porque houve ainda alta de 8,57% no trem e no metrô de São Paulo, além de reajuste de 20,0% no ônibus interestadual em Goiânia em meados de dezembro.

No ônibus intermunicipal, as pressões virão de Rio de Janeiro (10,48% em 10 de janeiro), Belo Horizonte (12,66% em 3 de janeiro), Fortaleza (10,83% em 27 de dezembro) e Salvador (9,30% em 2 de janeiro).

Haverá ainda impacto dos reajustes nas tarifas de táxi em Porto Alegre (7,82% em 5 de janeiro), Rio de Janeiro (10,5% em 2 de janeiro) e Recife (9,93% em 1º de janeiro).

No caso da taxa de água e esgoto, haverá aumento de 20,0% em Belém a partir de 23 de janeiro - a cidade estava havia sete anos sem reajustar a conta.

Também ficaram mais caras as faturas em Fortaleza (8,47% em 19 de dezembro) e Campo Grande (10,36% em 3 de janeiro).

A energia elétrica, vilã de 2015, ainda aparecerá tímida em janeiro. Os aumentos a serem incorporados no IPCA incidiram sobre a parcela referente à contribuição para iluminação pública.

Em São Paulo, a alta nesse item foi de 73% em janeiro. Já em Curitiba, o avanço de 18% começou em 8 de dezembro, mas não foi agrupado no IPCA do mês passado e, por isso, vai impactar em janeiro.

Outros aumentos virão do gás encanado no Rio de Janeiro (8,88% em 1º de janeiro) e dos cigarros (10% a 20%, conforme a marca, em 31 de dezembro).

O ICMS, principal imposto estadual, também será mais alto em janeiro em pelo menos três regiões do IPCA.

Em Porto Alegre, as novas alíquotas passaram a vigorar em 1º de janeiro e incidem em diversos produtos, desde cerveja até energia elétrica e itens de comunicação.

Em Belo Horizonte, os porcentuais ainda não foram mapeados, mas devem incidir sobre grande quantidade de itens. Em Brasília, o ICMS aumentou a partir de janeiro para os combustíveis. 

Na gasolina, a alíquota passou de 25% para 28%, enquanto no diesel a mudança foi de 12% para 15%.

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