Prova do Enem 2021: há fichas para cada situação de contaminação ou risco (Ettore Chiereguini /AGIF/AFP)
Carolina Riveira
Publicado em 7 de fevereiro de 2021 às 09h05.
Acontece neste domingo, 7, o segundo dia de provas do primeiro Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital, aplicado neste formato pela primeira vez. As provas impressas tradicionais já ocorreram em janeiro, e há ainda uma data de reaplicação para quem não conseguiu fazer a prova, em 23 e 24 de fevereiro.
Em meio à pandemia, o Enem 2020 teve a maior taxa de abstenção da história, acima de 50% na prova impressa, com só 2,5 milhões de alunos fazendo o exame, metade dos inscritos. Já o primeiro dia da prova digital na semana passada teve abstenção de 68%.
Neste domingo, participantes de 104 cidades fazem as provas de matemática e ciências da natureza. Eles terão cinco horas para resolver 90 questões e devem usar caneta preta.
Os portões abrem às 11h30 e fecham às 13h, no horário de Brasília. A prova de hoje termina às 18h30. No último domingo, os candidatos do Enem digital fizeram as provas de linguagens, ciências humanas e redação.
Para garantir a segurança, os participantes recebem, no momento da prova, um código que precisam digitar na tela no começo e no fim do exame.
Os computadores só têm acesso às provas. Os candidatos não têm acesso, por exemplo, à internet ou à calculadora. Na tela, quando a prova começar, aparecerão todas as questões. Será possível selecionar qual dos cadernos será resolvido. O sistema também permite que o candidato escreva na tela com o mouse e que marque as questões para depois poder voltar nelas, por exemplo.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), cerca de 30 mil candidatos fizeram o Enem digital no primeiro dia de aplicação, o que corresponde a aproximadamente 32% do total de 93 mil inscritos.
A intenção do governo federal é que o exame seja totalmente digital até 2026, embora nem toda a comunidade educacional seja favorável ao formato.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, o Enem tem regras especiais de biossegurança. Este ano, além do documento oficial de identificação com foto e da caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, a máscara de proteção facial passa a ser obrigatória.
É recomendado que os participantes levem máscaras extras para trocar durante a prova. Eles deverão permanecer de máscara, cobrindo o nariz e a boca, durante toda a aplicação do exame. Haverá nos locais de prova álcool em gel para que os estudantes higienizam as mãos, mas é permitido que os participantes levem seu próprio produto caso desejem. Os computadores serão separados por espécies de cabines, para ajudar na proteção dos participantes.
Quem tiver com sintomas de covid-19 ou de outra doença infectocontagiosa não deve comparecer ao exame. A medida é necessária para que o vírus não se espalhe e mais pessoas sejam contaminadas. Nesses casos, os candidatos poderão fazer a prova na data da reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro. Para isso, poderão fazer o pedido pela Página do Participante entre os dias 8 e 12 de fevereiro.
A lista do que pode ou não também é semelhante ao Enem impresso. Os participantes podem levar também a própria água e/ou bebidas não alcoólicas e lanche.
Além disso, caso necessitem comprovar que participaram do exame, os estudantes podem, na Página do Participante, imprimir a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho.