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Enem 2023: taxa de abstenção no primeiro dia de provas é de 28,1%

Os dados foram divulgados pelo ministro da Educação, Camilo Santana, na noite deste domingo, 5

ENEM 2023: O primeiro dia teve 4.293 participantes eliminados por portarem aparelhos eletrônicos, saírem de sala antes do horário permitido ou não seguir as orientações dos fiscais (Getty Images/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 6 de novembro de 2023 às 08h13.

O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) registrou uma taxa de faltosos de 28,1%. Os dados foram divulgados pelo ministro da Educação, Camilo Santana, na noite deste domingo, 5.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, ainda não informou o número absoluto de participantes da edição. Isso porque, as estatísticas divulgadas dizem respeito a 98,3% dos dados apurados até o momento.

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Cerca de 3,9 milhões de pessoas se inscreveram para fazer a prova. O primeiro dia teve 4.293 participantes eliminados por portarem aparelhos eletrônicos, saírem de sala antes do horário permitido ou não seguir as orientações dos fiscais.

Atingido por fortes chuvas na sexta-feira, 3, o Estado de São Paulo registrou um índice de abstenção de 26,8%, abaixo da média nacional. Havia um temor de que a falta de energia prejudicasse o comparecimento dos candidatos do Estado. Mais cedo, no domingo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que o problema envolvendo energia elétrica havia sido solucionado nas escolas de São Paulo.

A maior abstenção ocorreu no Amazonas, que registrou índice de 44% de faltosos. O Estado enfrenta a maior seca de sua história, que tem dificultado a locomoção dos moradores sobretudo em áreas rurais. A menor taxa foi registrada em Sergipe, com 24,6% de participantes ausentes.

Apenas três escolas em Santa Catarina não conseguiram realizar o exame devido às enchentes. Esses estudantes terão a reaplicação garantida nos dias 12 e 13 dezembro.

De acordo com o ministro, 15 pessoas foram presas em operações do Ministério da Justiça e Segurança Pública neste domingo. O ministro não detalhou, no entanto, quais foram as ocorrências.

Camilo Santana afirmou ainda que a Polícia Federal realizou diligências para apurar sobre a divulgação de fotos da prova que circularam nas redes sociais. Segundo ele, a PF teria identificado suspeitos de compartilharem o conteúdo em Pernambuco e no Distrito Federal. Santana garantiu, no entanto, que a veiculação das imagens ocorreu após o início da prova.

"A Polícia Federal está engajada para identificar, fazer toda a investigação, e poderá fazer outras diligências nas próximas horas", explicou o ministro, afirmando ainda que o próprio Inep já havia divulgado o tema da redação antes de as imagens começarem a circular.

O presidente do Inep, Manuel Palácios, endossou a fala do ministro: "não há menor dúvida que essas imagens passaram a circular depois do fechamento das portas", disse.

Neste primeiro dia de avaliações, os candidatos fizeram as provas de Linguagens, Ciências Humanas e Redação. Nesta edição, os candidatos tiveram de escrever sobre "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil". No próximo domingo, 12, os estudantes realizam os testes de Matemática e Ciências da Natureza.

Na manhã deste domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a sede do Inep em Brasília e comentou sobre o desejo de aumentar os índices de participação no exame. "Acho que a gente vai caminhar para que as pessoas não precisem sequer pagar taxa no Enem. A gente vai ter que fazer uma combinação para que se torne mais atrativo para esses jovens se inscreverem para fazer seu Enem e entrar numa universidade", disse Lula.

Na coletiva de imprensa após o primeiro dia do Enem, o ministro da Educação destacou que o número de inscritos na prova deste ano superou em quase 500 mil a quantidade da edição de 2022. "É um esforço que o governo tem feito para que os nossos jovens realizem o Enem e mantenham a construção do sonho de fazer a universidade", afirmou.

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