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Enchentes no RS: cidade gaúcha registra primeira morte por leptospirose

A morte de Eldo Gross, de 67 anos, foi registrada na sexta-feira, segundo a Secretaria municipal de Saúde de Travesseiro

Enchentes no RS: Outros três casos da doença são monitorados pela rede de saúde local (Stock/Getty Images)

Enchentes no RS: Outros três casos da doença são monitorados pela rede de saúde local (Stock/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 20 de maio de 2024 às 21h18.

A cidade de Travesseiro, no Vale do Taquari, registrou a primeira morte por leptospirose desde o começo dos temporais que assolam o Rio Grande do Sul há quase um mês.

A informação foi divulgada pela Secretaria estadual de Saúde e confirmada ao GLOBO pelo vice-prefeito da cidade, Tiago Weizenmann. Outros três casos da doença são monitorados pela rede de saúde local.

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A morte de Eldo Gross, de 67 anos, foi registrada na sexta-feira, segundo a Secretaria municipal de Saúde de Travesseiro. Ele deu entrada no Hospital Municipal Marques de Souza, no município vizinho Marques de Souza, na última terça-feira e foi transferido para o Hospital Bruno Born, em Lajeado, na quinta-feira para internação em UTI. A morte foi confirmada na sexta-feira e o corpo foi enterrado no cemitério da cidade no sábado.

O caso também foi confirmado pela Secretaria estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, que na tarde desta segunda-feira divulgou o resultado nas redes sociais. Em uma postagem, informou que o Laboratório Central gaúcho concluiu a avaliação do material por coleta de sangue.

Leptospirose causada pelas enchentes

De acordo com o secretário de Saúde, Júnior Weizenmann, a contaminação e a morte pela doença é decorrente dos temporais fortes que atingem o estado, e a região do Vale do Taquari foi uma das mais afetadas.

"A casa deles foi inundada e eles ficaram debaixo d'água. Perderam o que tinham dentro da casa e se molharam ainda mais tentando tirar alguns itens. E os sintomas começaram a aparecer uma semana após o alagamento", conta o secretário sobre o caso de Gross, morador de Barra do Fão.

Além dele, há outros três casos confirmados de leptospirose sendo investigados pelo município, que já notificou o governo do estado.

Os três são integrantes de uma mesma família que moram na Linha Cairu. Um pai e duas filhas foram diagnosticados com a doença entre quinta e sexta da semana passada, mas os três estão estáveis. O pai está internado para monitoramento no Hospital Marques de Souza, enquanto as duas filhas são acompanhadas pela atenção primária.

Para atuar na contenção dos casos na cidade, que tem pouco mais de 2 mil habitantes, a prefeitura de Travesseiro pediu à Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul auxílio com medicação profilática para tratamento de leptospirose. O pedido, feito na semana passada, ainda não foi atendido, em parte pela dificuldade de chegada na cidade — as principais vias de acesso foram tomadas pela cheia do Rio Forqueta.

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