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Em vídeo, Arouca reafirma o orgulho de ser negro

Vídeo é uma resposta às ofensas racistas que recebeu em Mogi Mirim


	Arouca, voltante do Santos durante partida pelo time, em 2011: vídeo é a segunda manifestação do jogador após o episódio de racismo em Mogi
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Arouca, voltante do Santos durante partida pelo time, em 2011: vídeo é a segunda manifestação do jogador após o episódio de racismo em Mogi (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 19h18.

São Paulo - O volante Arouca, do Santos, divulgou na tarde desta sexta-feira um vídeo na TV Santos em que reafirma o orgulho de ser negro em uma resposta às ofensas racistas que recebeu em Mogi Mirim, na noite desta quinta-feira, quando alguns torcedores chamaram-no de "macaco".

"Antes de ser atleta, sou ser humano, pai, marido, cidadão, carioca de origem e santista de coração. Tenho a pele negra, cabelo afro e visto o meu manto branco que vestiu o Rei. Carrego orgulho no peito e sou grato a Deus por tudo isso. Tudo isso", afirma o jogador, que também cita os títulos que conquistou pelo Santos, entre eles, a Libertadores e a Recopa.

O vídeo é a segunda manifestação do jogador após o episódio de racismo em Mogi, que levou à interdição do estádio do clube e ao pedido de abertura de inquérito do Santos para a Federação Paulista de Futebol. Logo após a partida, no qual fez o terceiro gol da goleada de 5 a 2, ele divulgou nota oficial em que dizia não possuir vergonha de sua cor e que o futebol brasileiro fora construído com jogadores negros.

"Tenho muito orgulho das minhas origens africanas, que foi o que o sujeito tentou usar para me ofender, dizendo que eu deveria procurar alguma seleção de lá para jogar, dando a entender que um negro igual a mim não serve para defender a seleção brasileira. Como se algumas das páginas mais bonitas da história da nossa seleção não tivessem sido escritas por jogadores como Leônidas, Romário e pelo Rei Pelé, também negros", disse.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) comunicou nesta sexta-feira que os atos de racismo cometidos contra o volante serão comunicados ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que tem o poder de deliberar sobre o caso. Segundo a entidade, as provas do caso já estão sendo reunidas.

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