Doria: os paulistanos estão desaprovando os planos de Doria de alçar voos mais altos e tentar a presidência da República em 2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2017 às 06h24.
Última atualização em 11 de outubro de 2017 às 07h13.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), segue com sua intensa agenda de viagens nesta quarta-feira. Vai à Itália, onde visita Milão e Veneza para, de acordo com a prefeitura, assinar acordos nas áreas de cultura, revitalização urbana, educação e empreendedorismo.
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:
A viagem foi questionada depois do final de semana considerado desastroso para o prefeito, quando Doria se envolveu em uma polêmica com o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman (PSDB) e viu quedas em seu índice de aprovação, de acordo com o Datafolha.
O pior número para o prefeito, no entanto, foi ver a avaliação da população sobre sua agenda de viagens: 50% dos entrevistados disseram que o prefeito viaja mais do que deveria, 49% pensam que isso não traz benefícios para a cidade e 77% enxergam o prefeito como o principal beneficiado por essa agenda, em detrimento do município.
Na prática, os paulistanos estão desaprovando os planos de Doria de alçar voos mais altos e tentar a presidência da República em 2018 e não concordam com seus métodos. Aumentou a parcela da população que acredita que ele será candidato e também a que acha que ele não deveria fazer isso.
O prefeito sabe disso, mas está disposto a correr os riscos. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, levantamentos internos já apontavam a baixa aprovação de suas viagens. Ao mesmo tempo, prevaleceu a tese de que esse era um “mal necessário” para quem planeja tentar a presidência.
Isso não impediu que o racha na equipe do prefeito entre os auxiliares que defendem a agenda de deslocamentos e os que preferem preservar a imagem do tucano aumentou. A escolha deixa mais claro do que nunca a intenção do prefeito de ir até o fim com sua tentativa de chegar ao Planalto em 2018.
Ainda em outubro, Doria deve visitar o Paraguai em um evento do Lide, grupo empresarial fundado por ele.