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Em live, Eduardo Bolsonaro critica Major Olimpio e Joice Hasselmann

Deputado chamou de "desafetos" e acusou de traição o grupo de parlamentares que não apoiam sua liderança no PSL na Câmara

Eduardo Bolsonaro: deputado atacou parlamentares do PSL que estão contra os chamados "bolsonaristas" no partido (Adriano Machado/Reuters)

Eduardo Bolsonaro: deputado atacou parlamentares do PSL que estão contra os chamados "bolsonaristas" no partido (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de outubro de 2019 às 20h35.

Última atualização em 25 de outubro de 2019 às 21h18.

Por uma live no Instagram, o atual líder do PSL na Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disparou críticas a parlamentares do partido que não estão alinhados com a sua liderança. Eduardo, que é o terceiro filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), se referiu ao grupo como seus "desafetos" e o acusou de traição ao presidente. As falas foram veiculadas na tarde desta sexta-feira, 25.

As críticas mais pesadas foram dirigidas ao senador Major Olimpio (PSL-SP) e à deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso. Ao citar a deputada, Eduardo disse que "o povo não gosta de traíras, o povo não gosta de pessoas maliciosas".

"Eles foram eleitos falando que são bolsonaristas, que seguem o presidente, mas agora eles não querem seguir o presidente. Por qual motivo, Joice Hasselmann, Major Olimpio, o outro deputado que eu nem sabia que existia, Abou Anni (PSL-SP), Júnior Bozzella (PSL-SP)?", provocou Eduardo.

Ele ainda disse que seus "desafetos" estão "plantando materiazinhas na imprensa para dizer que a família do presidente se dá bem às custas de dinheiro público", em referência a uma reportagem da revista IstoÉ que o acusa de usar dinheiro do partido para pagar passagens aéreas em sua lua de mel.

Para Eduardo, o racha que vive hoje o PSL fez "máscaras caírem" antes que o grupo diversionista conseguisse "ludibriar novamente as pessoas", citando nominalmente o senador Major Olimpio, que trava com ele uma disputa pelo comando da sigla no diretório paulista. O PSL de São Paulo já foi presidido pelo senador e atualmente é liderado pelo deputado. "Eu nunca quis ser presidente do PSL em São Paulo, ele saiu porque quis", falou Eduardo.

Por fim, o parlamentar se referiu a Joice Hasselmann, que tenta disputar a Prefeitura de São Paulo pelo PSL, como uma "senhora amargurada que tomou um pé na ... depois de sair da liderança do governo porque não conseguia seguir as ordens do presidente". "Você não é confiável, Joice, você anda com o governador de São Paulo, o tucano João Doria e agora nem o Doria quer você", completou Eduardo, em referência ao apoio do governador à reeleição de Bruno Covas (PSDB).

Prisão em 2ª instância

Eduardo Bolsonaro defendeu a prisão após condenação em segunda instância, assunto que é discutido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado evitou fazer correlação entre o resultado do julgamento e possibilidade de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), oponente político do clã presidencial.

"Ninguém quer que um criminoso seja solto. Acho que segunda instância já é tempo suficiente para um processo chegar à verdade necessária para a condenação de alguém", disse o deputado. "A maior parte dos países desenvolvidos, onde há um mínimo de organização social, a prisão ocorre em segunda instância."

Questionado se uma eventual candidatura de Lula, caso o julgamento beneficie o ex-presidente, aumentaria as chances de seu pai em uma eventual candidatura à reeleição, Eduardo disse que "não faz essa análise".

"A gente não pode pensar em se perpetuar no poder, a gente tem de pensar no que é bom para o brasileiro, temos de pensar no que é bom para o Brasil."

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