USP: governo paulista reagiu às cotas federais e universidades do estado também terão reserva de vagas, mas ainda não há prazo (Marcos Santos/Divulgação/USP)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 15h56.
São Paulo - Os quase 29 mil alunos que realizam até amanhã a segunda etapa do Fuvest não vão se beneficiar ou concorrer com nenhum sistema de cotas relacionados à renda ou raça, que já começam a ser implementados ainda este ano em todas as universidades federais do país. Apesar de ser a maior universidade pública brasileira, a USP, mantida pelo governo estadual, não está subordinada à Lei das Cotas, sancionada em agosto do ano passado pela presidente Dilma Rousseff.
Por lei, as 67 universidades federais já deverão reservar este ano 12,5% das vagas de vestibulares a alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas, têm renda abaixo de 1,5 salário mínimo ou se autodeclaram negro, pardo ou indígena.
Este índice chegará a 50% até 2016.
O governo paulista, porém, reagiu às medidas federais. A pedido do governador Geraldo Alckmin, um sistema distinto do petista foi elaborado e apresentado em novembro do ano passado.
Nele, os melhores alunos da rede estadual serão selecionados para um curso preparatório semipresencial de dois anos. Uma vez formados, eles disputarão até 50% das vagas em cursos da USP, Unesp e Unicamp.
O projeto de SP, que ainda não foi finalizado e não tem prazo para ser implementado, pretende selecionar os jovens através do Enem ou do Saresp para o curso preparatório. Esse curso, por sua vez, seria oferecido pela Univesp (Universidade Estadual Virtual), e já valeria como um diploma de ensino superior, mas seria também a porta de entrada para os estudantes da rede pública que pleiteam vagas nas universidades paulistas.
Por enquanto, quem está prestando Fuvest conta apenas com o Inclusp (Programa de Inclusão Social), que concede aos candidatos que cursaram ensino fundamental e médio na rede pública um bônus de até 15% na primeira fase do vestibular.