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Eleição presidente: onde estão os eleitores indecisos que podem definir a votação

De acordo com pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA 17% dos eleitores ainda não decidiram em quem votar para presidente

Urna eletrônica: campanha eleitoral começou no dia 16 de agosto. (Evaristo Sa/AFP/Getty Images)

Urna eletrônica: campanha eleitoral começou no dia 16 de agosto. (Evaristo Sa/AFP/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 14 de setembro de 2022 às 08h17.

Com a distância menor entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas intenções de voto no primeiro turno, segundo a pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA, a parcela de indecisos é crucial para os candidatos e pode definir a eleição. Mas afinal, onde estão esses 17% do eleitorado, e quais são os principais fatores que essa população leva em conta na hora de votar?

Na avaliação de Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto especializado em opinião pública, a maior parte dos eleitores indecisos está concentrada no Sudeste, sendo mais feminino e da classe C. 

O eleitorado de pessoas indecisas é mais feminino e do Sudeste. Quase metade dessas pessoas avaliam o governo como ruim ou péssimo, ou seja, não é um eleitorado a favor do governo. Uma outra característica é que é um eleitor da classe C. É possível ver que as campanhas incorporaram esse grupo no foco para tentar chamar a atenção”, disse Moura durante uma live na terça-feira, 13, para o Instagram de EXAME (veja abaixo na íntegra).

O pesquisador ainda destaca que grande parte dessa parcela de indecisos votou no presidente Bolsonaro, em 2018. “Esses eleitores foram fundamentais para a eleição do presidente. Essa é uma das explicações pela qual Lula ainda tem uma vantagem sobre Bolsonaro”, afirma.

Na mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, em uma pergunta estimulada, com os nomes apresentados previamente, Lula tem 44% das intenções de voto e Bolsonaro, 36%. Ciro Gomes (PDT) aparece com 9%, e Simone Tebet (MDB), 4%. Os demais candidatos fizeram 1% ou não pontuaram. Brancos e Nulos somam 2%, e aqueles eleitores que dizem que não sabem são 3%. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-02405/2022.

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Com essa distância de oito pontos, Maurício Moura acredita que está cada vez mais cristalizado que haverá segundo turno. Vale destacar que não há segundo turno quando um candidato consegue somar 50% dos votos válidos mais um. Nessa conta são desconsiderados brancos, nulos e abstenções. 

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“No primeiro mês de campanha, o que chama a atenção é o aumento da probabilidade, com os números que temos, de ter segundo turno. Ciro Gomes e a Simone Tebet estão se mostrando resilientes na somatória de intenções de voto. E os eleitores deles vão ser fundamentais para ter segundo turno”, opina.

Veja a entrevista completa:

Veja como foram as últimas pesquisas eleitorais de 2022:
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