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Eduardo Campos nega assédio a Joaquim Barbosa

O plano seria oferecer a Barbosa a vaga ao Senado pelo Rio de Janeiro


	Eduardo Campos: o governador disse estar confiante na vitória do seu candidato à sua sucessão, mas nada adiantou sobre o escolhido (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Eduardo Campos: o governador disse estar confiante na vitória do seu candidato à sua sucessão, mas nada adiantou sobre o escolhido (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 12h48.

Recife - O governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) negou nesta quarta-feira, 19, que tenha tido contato com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, visando que ele ingresse no PSB.

O plano seria oferecer a Barbosa a vaga ao Senado pelo Rio de Janeiro.

"Não vou discutir sobre hipóteses. O ministro preside a suprema corte do Brasil, não pode ter filiação partidária. Então não cabe a um governador de Estado se dirigir pela imprensa ao presidente da suprema corte tratando de questão política", afirmou ele, em entrevista, depois de fazer palestra de abertura do Seminário Internacional de Gestão Pública, em um hotel na zona sul do Recife.

"Não tive nenhum contato com o ministro Joaquim Barbosa sobre questão política ou sobre filiação partidária", reiterou.

Acrescentou não ter "tomado iniciativa de solicitar a qualquer pessoa para fazer esse contato" ao ser indagado sobre o pedido que ele teria sido feito à ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, recém filiada ao PSB e provável candidata ao Senado na Bahia.

No entanto, considerou "natural que uma ministra do STJ que fez a opção, ao se aposentar, de entrar na luta política para ajudar a melhorar a política, que ela, ao se encontrar com antigos colegas do Judiciário, possa falar sobre isso".

Sucessão estadual

O governador disse estar confiante na vitória do seu candidato à sua sucessão, mas nada adiantou sobre o escolhido.

"Não discuti nome com ninguém. Falei com quase todos os partidos, e estou confiante. Vamos ter uma ampla aliança que vai ser feita em torno de ideias e programas e não de um nome", observou.

Ele afirmou que a decisão só deverá ser anunciada na próxima semana. Quanto a preferência sobre um candidato de perfil técnico ou político, observou que o mundo não está dividido nesse sentido.

"É importante alguém que tenha o conjunto das ideias e tenha consciência de que esse processo que estamos vivendo com total tranquilidade é um processo de muita responsabilidade", disse.

"Discutimos a possibilidade de o Estado continuar mudando, ter mais geração de emprego e qualidade de vida e a minha preocupação é a aliança ter o compromisso com a sociedade, o que fazer para Pernambuco seguir melhorando".

Entre os nomes especulados estão o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o vice-governador João Lyra, os secretários de Estado Tadeu Alencar, Paulo Câmara e Danilo Cabral, além do ex-deputado federal Maurício Rands.


Acabou o tempo de deixar para amanhã

Na palestra, Eduardo Campos avaliou que o Brasil vem fazendo as coisas que dá para fazer, deixando "o mais complicado para amanhã, depois de amanhã, para o próximo governo".

"Agora é preciso ter coragem de dizer que o tempo de deixar para manhã acabou", destacou, ao citar o aumento da produtividade da economia e da melhoria da qualidade de vida das pessoas como desafios a serem enfrentados.

"O Brasil aprendeu a transformar dinheiro em pesquisa e agora precisa transformar pesquisa e inovação em dinheiro, temos que fazer esta aposta", afirmou, ao pregar o uso de ferramentas como tecnologia e inovação.

Ele reiterou que as desigualdades sociais são um freio ao crescimento brasileiro e reforçou que o Nordeste tem 27% da população brasileira 13% do PIB e 50% dos pobres. "Esta conta não fecha".

Aproveito a oportunidade e citou ainda contradições do País - "descobrimos o pré-sal e nunca importamos tanto derivado do petróleo; exportamos minério de ferro e importamos trilhos; não investimos em transporte público, mas estimulamos o consumo de carros" - e defendeu a necessidade de gestão e planejamento para as mudanças.

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