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EBX pedirá reintegração de edifício invadido por sem-teto

O Grupo EBX deverá dar entrada ao pedido de reintegração de posse do edifício Hilton Santos, no Flamengo, ocupado desde ontem por famílias sem-teto

Eike Batista: prédio é a antiga sede do Clube de Regatas do Flamengo e foi arrendado em 2013 pela empresa de Eike para a implantação de um hotel (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 20h21.

O Grupo EBX , do empresário Eike Batista , deverá dar entrada, nos próximos dias, ao pedido de reintegração de posse do edifício Hilton Santos, no Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro , que está ocupado desde a madrugada de ontem (7) por famílias sem-teto.

A informação foi dada hoje (8) pela Associação de Condomínios do Morro da Viúva (Amov) que tem acompanhado as negociações entre o Grupo EBX e a prefeitura do Rio para a saída dos ocupantes do prédio.

Segundo o porta-voz das famílias que ocupam o local, Júnior Dias, de 26 anos, representantes da EBX estiveram no local ontem e o único acordo concreto estabelecido até agora é que os ocupantes permaneçam apenas nos dois primeiros andares: "Eles vieram aqui e disseram que vão pensar, junto com a prefeitura, numa solução para a gente deixar o prédio, mas até agora não deram previsão de quando vão voltar. Só pediram para a gente ficar até o segundo andar".

Ainda de acordo com Dias, a intenção do grupo é sair do local, desde que tenha algum lugar para ir e que a desocupação ocorra sem violência. “Queremos sair daqui, mas não temos lugar para ficar. Queremos uma solução e que seja diferente de quando fomos expulsos do terreno da Cedae [Companhia Municipal de Água e Esgoto], quando todos ficamos dormindo na rua, sem lugar para ir", disse ele.

Em março deste ano, o mesmo grupo foi expulso do terreno da Cedae, na zona portuária.

Cerca de 90 pessoas, entre elas crianças, ocupam o prédio de 17 andares, localizado no Morro da Viúva.

O prédio é a antiga sede do Clube de Regatas do Flamengo e foi arrendado em 2013 pela empresa de Eike Batista para a implantação de um hotel, que deveria ficar pronto até este ano, mas desde então está abandonado.

De acordo com a presidente da Amov, Maria Thereza Sombra,   o objetivo da associação é garantir a integridade do patrimônio de seus associados, por isso a decisão do juiz deve ser rápida: "A EBX deve pedir a reintegração de posse nos próximos dias. Esperamos que a decisão do juiz seja rápida porque esta é uma área nobre do Flamengo, que está sendo depredada".

A Agência Brasil tentou entrar em contato com o Grupo EBX para a confirmação do pedido de reintegração de posse, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.

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O Grupo EBX , do empresário Eike Batista , deverá dar entrada, nos próximos dias, ao pedido de reintegração de posse do edifício Hilton Santos, no Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro , que está ocupado desde a madrugada de ontem (7) por famílias sem-teto.

A informação foi dada hoje (8) pela Associação de Condomínios do Morro da Viúva (Amov) que tem acompanhado as negociações entre o Grupo EBX e a prefeitura do Rio para a saída dos ocupantes do prédio.

Segundo o porta-voz das famílias que ocupam o local, Júnior Dias, de 26 anos, representantes da EBX estiveram no local ontem e o único acordo concreto estabelecido até agora é que os ocupantes permaneçam apenas nos dois primeiros andares: "Eles vieram aqui e disseram que vão pensar, junto com a prefeitura, numa solução para a gente deixar o prédio, mas até agora não deram previsão de quando vão voltar. Só pediram para a gente ficar até o segundo andar".

Ainda de acordo com Dias, a intenção do grupo é sair do local, desde que tenha algum lugar para ir e que a desocupação ocorra sem violência. “Queremos sair daqui, mas não temos lugar para ficar. Queremos uma solução e que seja diferente de quando fomos expulsos do terreno da Cedae [Companhia Municipal de Água e Esgoto], quando todos ficamos dormindo na rua, sem lugar para ir", disse ele.

Em março deste ano, o mesmo grupo foi expulso do terreno da Cedae, na zona portuária.

Cerca de 90 pessoas, entre elas crianças, ocupam o prédio de 17 andares, localizado no Morro da Viúva.

O prédio é a antiga sede do Clube de Regatas do Flamengo e foi arrendado em 2013 pela empresa de Eike Batista para a implantação de um hotel, que deveria ficar pronto até este ano, mas desde então está abandonado.

De acordo com a presidente da Amov, Maria Thereza Sombra,   o objetivo da associação é garantir a integridade do patrimônio de seus associados, por isso a decisão do juiz deve ser rápida: "A EBX deve pedir a reintegração de posse nos próximos dias. Esperamos que a decisão do juiz seja rápida porque esta é uma área nobre do Flamengo, que está sendo depredada".

A Agência Brasil tentou entrar em contato com o Grupo EBX para a confirmação do pedido de reintegração de posse, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.

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