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É um terço SP, outro nacional e um terço Aécio, diz delator

Delator disse que após a eleição de 2002 houve uma reunião para discutir nomeações para cargos, e que uma diretoria de Furnas foi apontada como cota de Aécio

O senador Aécio Neves (PSDB-MG): "'vocês nem precisam aparecer aqui, vocês vão ficar é um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio", disse delator sobre reunião (Marri Nogueira/Agência Senado/Fotos Públicas)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 19h01.

São Paulo - O empresário Fernando Moura, ligado ao PT, afirmou nesta quarta-feira, 3, que logo após a eleição presidencial de 2002, vencida por Lula, foi feita uma reunião para discutir as nomeações para cargos em diretorias de autarquias e empresas públicas estratégicas da administração.

Segundo ele, uma das diretorias era a de Furnas , apontada como cota do senador Aécio Neves ( PSDB ).

"Quando acabou a eleição de 2002, ganhamos a eleição, foi feita uma reunião para definição de mais ou menos umas cinco diretorias de estatais para poder ajudar a nível de campanha, posteriormente, o que seria interessante na nomeação das pessoas", relatou Moura, em novo depoimento ao juiz federal Sérgio Moro.

Delator e réu confesso do esquema de propinas instalado na Petrobras, Fernando Moura teve que ficar outra vez frente a frente com o juiz da Lava Jato porque admitiu ter mentido anteriormente.

Em sua delação premiada, ele disse que Dirceu orientou-o a 'fugir do País', em 2005, quando estava no auge o escândalo do Mensalão. Ouvido uma primeira vez por Sérgio Moro, ele disse que não recebeu a orientação do ex-ministro chefe da Casa Civil. Diante de procuradores da República, na semana passada, disse que mentiu para o magistrado porque havia sofrido 'ameaça velada'.

Nesta quarta, 3, recebeu uma chance para contar a verdade e não perder os benefícios da colaboração. "Foi conversado sobre Petrobras, Correios, Caixa Econômica Federal, Furnas, Banco do Brasil, essas diretorias", declarou.

Segundo ele, os indicados para as diretorias deveriam ter 20 anos de casa, 'tinha que ser funcionário da casa para poder receber essa indicação'. A reunião ocorreu novembro de 2002.

"Nessa relação foi indicado o nome do Renato Duque para a Petrobras, foi indicado o nome do sr. Eduardo Medeiros para os Correios. A princípio levei pro Zé (Dirceu) o nome do Dimas Toledo, que continuasse na diretoria de Furnas. Ele (Dirceu) usou até uma expressão comigo. 'O Dimas não, porque se o Dimas entrar em Furnas até como porteiro vai mandar em Furnas, está lá há 4 anos, é uma indicação que sempre foi do Aécio'. Passado um mês e meio ele (Dirceu) me chamou e falou qual a sua relação com Dimas Toledo?' Eu falei, estive com ele três vezes, achei ele competente, cara profissional. O Zé me disse. "Porque esse foi o único cargo que o Aécio pediu pro Lula, então, você vai lá conversar com Dimas e diga que a gente vai apoiar a indicação dele."

Fernando Moura disse que 'foi conversar com o Dimas'.

"Na oportunidade, ele (Dimas) me colocou, da mesma forma que eu coloquei o caso da Petrobras, em Furnas era igual. Ele falou 'vocês nem precisam aparecer aqui, vocês vão ficar é um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio."

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São Paulo - O empresário Fernando Moura, ligado ao PT, afirmou nesta quarta-feira, 3, que logo após a eleição presidencial de 2002, vencida por Lula, foi feita uma reunião para discutir as nomeações para cargos em diretorias de autarquias e empresas públicas estratégicas da administração.

Segundo ele, uma das diretorias era a de Furnas , apontada como cota do senador Aécio Neves ( PSDB ).

"Quando acabou a eleição de 2002, ganhamos a eleição, foi feita uma reunião para definição de mais ou menos umas cinco diretorias de estatais para poder ajudar a nível de campanha, posteriormente, o que seria interessante na nomeação das pessoas", relatou Moura, em novo depoimento ao juiz federal Sérgio Moro.

Delator e réu confesso do esquema de propinas instalado na Petrobras, Fernando Moura teve que ficar outra vez frente a frente com o juiz da Lava Jato porque admitiu ter mentido anteriormente.

Em sua delação premiada, ele disse que Dirceu orientou-o a 'fugir do País', em 2005, quando estava no auge o escândalo do Mensalão. Ouvido uma primeira vez por Sérgio Moro, ele disse que não recebeu a orientação do ex-ministro chefe da Casa Civil. Diante de procuradores da República, na semana passada, disse que mentiu para o magistrado porque havia sofrido 'ameaça velada'.

Nesta quarta, 3, recebeu uma chance para contar a verdade e não perder os benefícios da colaboração. "Foi conversado sobre Petrobras, Correios, Caixa Econômica Federal, Furnas, Banco do Brasil, essas diretorias", declarou.

Segundo ele, os indicados para as diretorias deveriam ter 20 anos de casa, 'tinha que ser funcionário da casa para poder receber essa indicação'. A reunião ocorreu novembro de 2002.

"Nessa relação foi indicado o nome do Renato Duque para a Petrobras, foi indicado o nome do sr. Eduardo Medeiros para os Correios. A princípio levei pro Zé (Dirceu) o nome do Dimas Toledo, que continuasse na diretoria de Furnas. Ele (Dirceu) usou até uma expressão comigo. 'O Dimas não, porque se o Dimas entrar em Furnas até como porteiro vai mandar em Furnas, está lá há 4 anos, é uma indicação que sempre foi do Aécio'. Passado um mês e meio ele (Dirceu) me chamou e falou qual a sua relação com Dimas Toledo?' Eu falei, estive com ele três vezes, achei ele competente, cara profissional. O Zé me disse. "Porque esse foi o único cargo que o Aécio pediu pro Lula, então, você vai lá conversar com Dimas e diga que a gente vai apoiar a indicação dele."

Fernando Moura disse que 'foi conversar com o Dimas'.

"Na oportunidade, ele (Dimas) me colocou, da mesma forma que eu coloquei o caso da Petrobras, em Furnas era igual. Ele falou 'vocês nem precisam aparecer aqui, vocês vão ficar é um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio."

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